2006-07-22 18:57:57

IGREJA NO MUNDO INTEIRO SE PREPARA PARA O DIA DE ORAÇÃO E PENITÊNCIA PELA PAZ NO ORIENTE MÉDIO


Cidade do Vaticano, 21 jul (RV) - O Papa está preocupado com o rumo da situação no Oriente Médio. De Vale d'Aosta, onde transcorre um período de repouso, Bento XVI acompanha constantemente, os desdobramentos da crise israelense-libanesa e reza por aqueles que sofrem.

"Orações" _ é o que o Santo Padre pede a todos os fiéis, para alcançar aquela paz tão desejada pelos povos do Oriente Médio. Ontem, quinta-feira, a Sala de Imprensa da Santa Sé anunciou que o Papa convocou, para este domingo, um dia de oração e penitência. Diversas vezes, nos últimos dias, de fato, o Pontífice voltara o pensamento para as populações que sofrem em conseqüência da guerra.

O enviado do jornal italiano "L'Avvenire" a Les Combes, Salvatore Mazza, nos disse, por telefone, que em reiteradas ocasiões, nos últimos dias, o Papa "manifestou ou deixou transparecer sua preocupação com o situação no Oriente Médio, "convidando à oração, quando encontrou os jornalistas ao retornar do mosteiro de Quart e, dias atrás, quando, encontrando os mesmos jornalistas, de retorno do convento do Gran San Bernardo, disse estar totalmente de acordo com o comunicado final do G-8, ao qual acrescentaria a importância da oração" _ disse Mazza.

"A decisão de convocar esse dia de oração _ segundo o enviado do "L'Avvenire" _ é uma espécie de corolário de todas essas suas manifestações, tanto as não previstas quanto as previstas, como o apelo feito no Angelus do último domingo."

A convocação, por parte do Santo Padre, de um dia de oração pela paz no Oriente Médio foi acolhida com gratidão pelo povo libanês.

O embaixador do Líbano junto à Santa Sé, Naji Abi Assi, disse que "se trata de uma declaração extremamente importante". "Somos pessoas que acreditamos em Deus e na Sua bondade, acreditamos na solidariedade humana praticada através de um caminho de oração, e consideramos que é extremamente importante que a esperança consiga despertar as nossas consciências. É necessário conseguir afrontar as questões que se apresentam não sempre de um ponto de vista político ou desprovido de sentimentos, mas de um ponto de vista humano em moral. Nós esperamos isso!"

"O governo libanês tem uma prioridade: instaurar um cessar-fogo imediato, mesmo que seja somente um cessar-fogo humanitário, que permita criar um corredor humanitário para socorrer a população sofredora e a fim de que as vítimas possam receber o máximo de ajuda humanitária" _ disse ainda o embaixador. "Felizmente, o sentido desses pedidos se encontra no comunicado publicado ontem, pela Sala de Imprensa da Santa Sé, e corresponde às preocupações atuais da Santa Sé, cujo valor nós apreciamos, imensamente."

A Igreja no Líbano também manifestou ao Papa seus sentimentos de gratidão, por sua proximidade espiritual, nestes momentos de sofrimentos para todo o povo libanês.

O Arcebispo de Jbeil, Byblos dos Maronitas, Dom Béchara Raï, ouvido pela Rádio Vaticano, disse: "Nós somos realmente muito gratos a Sua Santidade, por esse apelo e, especialmente, por este dia de oração e de penitência. O nosso povo aqui não faz outra coisa a não ser esse caminho espiritual nas igrejas e nos santuários."

No que diz respeito à situação da população civil, Dom Béchara Raï acrescentou: "Em relação às cifras conhecidas, existe cerca de meio milhão de refugiados. Agora estamos todos _ organizações humanitárias e paróquias _ voltados a ajudar esses refugiados. Certamente, porém, teremos necessidade de ser ajudados também pelas demais organizações internacionais. O primeiro-ministro já lançou um apelo em favor de ajudas humanitárias. Infelizmente, neste momento, todas as estradas estão bloqueadas e não se sabe como essas ajudas poderão chegar." (RL)







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