2006-07-21 11:41:06

A tragédia do Libano; a comunidade internacional dá-se conta da urgência de um cessar-fogo.Diplomacia entra em campo.


O Mundo parece determinado a assumir as próprias responsabilidades perante a tragédia da luta entre Israel e o Hezbollah, que está deixar o Líbano num caos. Há mais de 500 mil refugiados e milhares de estrangeiros estão a entupir o Chipre, ao fugir das bombas israelitas, que já causaram mais de 300 mortos.

Ontem, Kofi Annan, secretário-geral da ONU, disse que "o uso excessivo de força deve ser condenado", numa alusão a Israel. Ao falar perante o Conselho de Segurança (CS), salientou a urgência de cessar-fogo para permitir o acesso da ajuda humanitária e da diplomacia. Apoiado nos dados da missão que ontem regressou da região, concluiu que "as acções do Hezbollah mantêm o Líbano refém".

A Rússia juntou-se ao coro de críticas. Aludindo ao "perigo de uma catástrofe humanitária" no Líbano, Alexandre Saltanov apelou a "um cessar-fogo urgente". Palavras apoiadas pelo vice-presidente da Síria, Farouk al-Chareh, na reunião com este alto representante da política externa russa.

Em Nova Iorque, Kofi Annan lançou os princípios básicos de uma solução diplomática: os soldados israelitas raptados devem ser entregues às autoridades libanesas, sob os auspícios da Cruz Vermelha Internacional, com o objectivo de repatriamento para Israel e do cessar-fogo; o lado libanês da fronteira deve ser estabilizado com a ajuda de força multinacional, com o governo libanês a comprometer-se na implementação da resolução 1559.

"Israel confirmou que esta operação no Líbano tem um alcance mais vasto que a libertação dos soldados, e que o objectivo é acabar com a ameaça do Hezbollah. A missão informou que a operação não está ainda perto desse objectivo", disse Annan perante o CS.

Ontem à noite Annan reuniu com Condoleezza, secretária de Estado norte-americana que confirmou a viagem "à região", na próxima semana, e com Javier Solana. Antes do encontro, o alto representante da diplomacia da UE revelou que "na próxima semana pode haver novidades"e alargou a base da diplomacia. "Há países e grupos que têm responsabilidades. Se usarem da influência que têm ajudarão.







All the contents on this site are copyrighted ©.