2006-07-20 19:11:23

IGREJAS E CONVENTOS ABRIGAM PESSOAS QUE SE ENCONTRAM AO RELENTO, EM BEIRUTE


Beirute, 19 jul (RV) - Igrejas, escolas e mosteiros de Beirute estão abrigando feridos e sem-teto, e todos aqueles que não conseguiram deixar a capital libanesa, nos últimos dias de ataques israelenses, "sem distinção de religião", como afirma o superior-geral da Ordem Maronita Mariamita, Abade Seman Abou Abdo, dirigindo-se aos responsáveis pela Ordem, reunidos em capítulo extraordinário, para estudar a situação dos mariamitas, à luz das diretrizes do Sínodo Patriarcal.

Em declarações à AsiaNews, Pe. Abou Abdo sublinha que "a Ordem deve ser solidária com os sofrimentos do nosso povo, sem fazer diferença entre cristãos e muçulmanos". Ele se dirige aos responsáveis pela Ordem, pedindo que "assegurem alojamento para estes nossos irmãos" e ressaltando que todos os superiores devem abrir as portas dos conventos e dos corações "para acolher o apelo do Senhor, que pede que asseguremos tudo o que for necessário a esses irmãos".

O patriarca greco-melquita, Gregorio III Laham, fez um apelo a todos os responsáveis, a todos os bispos e superiores-gerais das congregações religiosas, para que se mobilizem em favor desses "irmãos atingidos pelos atrozes bombardeios dos inimigos da paz" e exortou todos à realização de gestos proféticos em favor de todos, sem medo, "porque Deus ama quem dá com alegria".

A abertura dos conventos e institutos religiosos fora pedida também pelo governo filipino, para dar socorro a 34 mil filipinos que trabalham no Líbano. A solicitação fora feita nos dias passados, pelo Ministro das Relações Exteriores, Alberto Romulo, ao núncio apostólico nas Filipinas, Dom Fernando Filoni.

Cerca de 150 mil pessoas atravessaram a fronteira do Líbano, desde o início dos bombardeios israelenses: a França e a Itália evacuaram 1.600 cidadãos, por meio de navios enviados a Chipre. Enquanto isso, navios de guerra britânicos se preparam para transportar milhares de britânicos para fora do Líbano. Estima-se que dezenas de milhares de estrangeiros devem deixar o Líbano por terra, mar e ar nos próximos dias.

As bases militares em Chipre ofereceram abrigo a curto prazo para aqueles que tiverem que esperar pelos vôos de repatriação.

Um grupo de brasileiros que deixou o Líbano na segunda-feira, pela Turquia, embarcou num avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que chegou ontem ao Brasil.

Estima-se que mais de 500 mil libaneses já deixaram suas casas, no sul do país e em Beirute, em busca de refúgio. (AF/GZ)







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