ALTO COMISSARIADO DA ONU PEDE INVESTIGAÇÃO SOBRE GENOCÍDIO NA GUATEMALA
Cidade da Guatemala, 18 jul (RV) - O Escritório do Alto Comissariado da ONU
para os Direitos Humanos na Guatemala (OACNUDH) pediu ao Estado que faça sérias investigações
sobre os casos de genocídio e desaparecimentos forçados cometidos no passado.
"As
autoridades devem empreender ações para identificar, julgar e punir os responsáveis,
tendo em conta que estes não podem ser beneficiados por uma anistia, indulto ou prescrição"
_ esclarece um comunicado do organismo da ONU (OACNUDH).
O texto foi divulgado
logo depois que um juiz espanhol emitiu uma ordem de prisão e extradição contra o
ditador Efraín Ríos Montt, e outros repressores, acusados de genocídio e delitos de
lesa humanidade, durante o conflito armado.
Além de Ríos Montt, estão vinculados
por ter ordenado ou executado massacres, seqüestros, tortura e desaparecimentos, os
ex-militares Oscar Mejía Víctores, Angel Aníbal Guevara, Benedicto Lucas e Germán
Chupina. Também são acusados os ex-ministros de governo, Donaldo Alvarez Ruiz e Pedro
García Arredondo, que dirigiram uma unidade policial acusada de cometer execuções
extrajudiciais.
"A Guatemala, como qualquer Estado membro da ONU, tem a responsabilidade
e o compromisso de levá-los a julgamento perante um tribunal penal internacional",
assinala o organismo da ONU.
"O Estado guatemalteco tem hoje a oportunidade
de agir com força e a uma só voz, na luta contra a impunidade, enviando uma clara
e positiva mensagem à sua população e à comunidade internacional" _ conclui o organismo
das Nações Unidas. (MZ)