BENTO XVI DIZ QUE É PRECISO REZAR PELO ORIENTE MÉDIO E PEDE QUE TODOS DEPONHAM AS
ARMAS
Les Combes, 15 jul (RV) - Cresce a expectativa entre os fiéis do Vale d'Aosta,
pelo primeiro Angelus de Bento XVI, neste domingo, na localidade de Les Combes, norte
da Itália, onde o Santo Padre se encontra desde a última terça-feira, para um período
de repouso e de estudos.
Na tarde desta sexta-feira, o Pontífice visitou o
mosteiro das irmãs carmelitas, na localidade de Quart, onde se recolheu por um momento
em oração.
No retorno de sua primeira excursão desde a sua chegada a Les Combes,
o Papa encontrou os jornalistas, aos quais falou sobre sua apreensão pela situação
no Oriente Médio que, nestes dias, sofre uma nova escalada da violência.
"O
Papa disse que é preciso rezar pelo Oriente Médio e pediu que todos deponham as armas.
Disse que a situação é, certamente, muito difícil, e é preciso rezar e esperar que
se consiga encontrar uma solução para o drama que se está vivendo nestas horas" _
disse por telefone, à Rádio Vaticano, Salvatore Mazza, enviado do jornal "L'Avvenire"
a Les Combes.
O apelo do Santo Padre foi reiterado hoje, pelo arcipreste da
patriarcal basílica romana de São Paulo "fora dos muros", Cardeal Andréa Cordero Lanza
di Montezemolo, que foi o artífice das negociações para normalizar as relações entre
Santa Sé e Israel, tenso sido posteriormente nomeado, em 1994, Núncio Apostólico em
Israel.
"Há muito tempo, se arrastam situações difíceis, situações que, de
um lado, registram atos de terrorismo e de violências e, de outro, de sofrimentos
ou de reações comumente desproporcionais à situação" _ disse o Cardeal Lanza di Montezemolo.
"Particularmente
nestes últimos tempos, existe um crescimento de tensões e de situações muito dolorosas.
Certamente, sofrem ambas as populações que vivem naquela terra dilacerada, privilegiada
por Deus por muitos motivos, mas humanamente e infelizmente, numa situação muito difícil"
_ acrescentou.
"Essas populações _ disse ainda o Cardeal _ têm, evidentemente,
direito não somente a subsistir ou a sobreviver, mas a viver com segurança e a viver
na paz. Há tempos, se multiplicam essas situações difíceis, mas como se pode buscar
resolver tal situação? É necessário que intervenha algo de novo, internamente, e um
algo de novo, externamente, e, portanto, que a atitude, os pedidos e os atos de boa
vontade surjam de ambas as partes."
"É preciso ainda _ arrematou o Cardeal
Lanza di Montezemolo _ propor situações novas, respeitar também aquilo que as NN.UU.
sugeriram como soluções e que, com boa vontade, se busquem soluções através do diálogo
e não através da violência. A comunidade internacional e, particularmente, as NN.UU.
devem e podem apoiar esse diálogo para superar situações difíceis." (RL)