2006-07-17 15:35:52

BENTO XVI DIZ QUE É PRECISO REZAR PELO ORIENTE MÉDIO E PEDE QUE TODOS DEPONHAM AS ARMAS


Les Combes, 15 jul (RV) - Cresce a expectativa entre os fiéis do Vale d'Aosta, pelo primeiro Angelus de Bento XVI, neste domingo, na localidade de Les Combes, norte da Itália, onde o Santo Padre se encontra desde a última terça-feira, para um período de repouso e de estudos.

Na tarde desta sexta-feira, o Pontífice visitou o mosteiro das irmãs carmelitas, na localidade de Quart, onde se recolheu por um momento em oração.

No retorno de sua primeira excursão desde a sua chegada a Les Combes, o Papa encontrou os jornalistas, aos quais falou sobre sua apreensão pela situação no Oriente Médio que, nestes dias, sofre uma nova escalada da violência.

"O Papa disse que é preciso rezar pelo Oriente Médio e pediu que todos deponham as armas. Disse que a situação é, certamente, muito difícil, e é preciso rezar e esperar que se consiga encontrar uma solução para o drama que se está vivendo nestas horas" _ disse por telefone, à Rádio Vaticano, Salvatore Mazza, enviado do jornal "L'Avvenire" a Les Combes.

O apelo do Santo Padre foi reiterado hoje, pelo arcipreste da patriarcal basílica romana de São Paulo "fora dos muros", Cardeal Andréa Cordero Lanza di Montezemolo, que foi o artífice das negociações para normalizar as relações entre Santa Sé e Israel, tenso sido posteriormente nomeado, em 1994, Núncio Apostólico em Israel.

"Há muito tempo, se arrastam situações difíceis, situações que, de um lado, registram atos de terrorismo e de violências e, de outro, de sofrimentos ou de reações comumente desproporcionais à situação" _ disse o Cardeal Lanza di Montezemolo.

"Particularmente nestes últimos tempos, existe um crescimento de tensões e de situações muito dolorosas. Certamente, sofrem ambas as populações que vivem naquela terra dilacerada, privilegiada por Deus por muitos motivos, mas humanamente e infelizmente, numa situação muito difícil" _ acrescentou.

"Essas populações _ disse ainda o Cardeal _ têm, evidentemente, direito não somente a subsistir ou a sobreviver, mas a viver com segurança e a viver na paz. Há tempos, se multiplicam essas situações difíceis, mas como se pode buscar resolver tal situação? É necessário que intervenha algo de novo, internamente, e um algo de novo, externamente, e, portanto, que a atitude, os pedidos e os atos de boa vontade surjam de ambas as partes."

"É preciso ainda _ arrematou o Cardeal Lanza di Montezemolo _ propor situações novas, respeitar também aquilo que as NN.UU. sugeriram como soluções e que, com boa vontade, se busquem soluções através do diálogo e não através da violência. A comunidade internacional e, particularmente, as NN.UU. devem e podem apoiar esse diálogo para superar situações difíceis." (RL)







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