UE exige libertação dos bispos e cristãos presos na China
A União Europeia espera que a China liberte imediatamente os Bispos e os cristãos
que estão presos por causa das suas “convicções religiosas”. O pedido é apresentado
num relatório votado esta quarta feira, por larga maioria, na comissão responsável
pelas relações externas entre a UE e Pequim. O documento recorda o “destino de
muitos Bispos presos” e pede às autoridades “a libertação imediata de todos os membros
das Igrejas cristãs chinesas que estão injustamente presos ou que são perseguidos”.
Embora o Partido Comunista Chinês se declare oficialmente ateu, a Constituição
chinesa permite a existência de cinco Igrejas oficiais (Associações Patrióticas),
entre elas a Católica, que tem 5,2 milhões de fiéis. Segundo fontes do Vaticano, a
Igreja Católica “clandestina” conta mais de 8 milhões de fiéis. A agência do Pontifício
Instituto das Missões Estrangeiras, AsiaNews, assegura que há, neste momento, “dezenas
de Bispos da Igreja clandestina sob prisão domiciliária ou impedidos de exercer o
seu ministério”. Três Bispos fiéis ao Vaticano estão desaparecidos há vários anos,
sem que nenhuma justificação seja dada por parte de Pequim. O presidente do Parlamento
Europeu, Josep Borrel, revelou hoje na capital chinesa que o PE vai aprovar em Setembro
uma resolução sobre os direitos humanos na China.