Padre Frederico Lombardi, nomeado director da Sala de Imprensa da Santa Sé: acumulará estas funções com as de director geral da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo Vaticano

Bento XVI aceitou hoje a demissão do director da sala de imprensa da Santa Sé, Joaquim Navarro-Valls, agradecendo o seu “longo e generoso serviço”.

O Papa nomeou como novo director o Pe. Frederico Lombardi, que passará assim a acumular estas funções com as de director geral da Rádio Vaticano e do Centro Televisivo Vaticano.
Bento XVI disse hoje que tem plena confiança no Pe. Frederico Lombardi, novo director da sala de imprensa da Santa Sé. “Vocês (jornalistas,ndr) conhecem-no, não começa do zero, é um jornalista muito experiente e, por isso, temos confiança nele”, afirmou o Papa ao chegar a Les Combes, nos Alpes italianos.

Padre Lombardi, jesuíta, nasceu em 1942 e foi ordenado padre em 1972. De 1984 a 1990 foi Superior provincial da Companhia de Jesus na Itália e, em 1991, foi nomeado director de programas da Rádio Vaticano.

Em 2001 foi nomeado como director geral do Centro Televisivo Vaticano e, em 2005, como director geral da Rádio Vaticano.
Nenhuma pretensão de imitar Navarro Vals, ao qual exprimo gratidão, mas empenho com todas as forças disponíveis para servir o Papa e o trabalho dos agentes da informação. Este o sentido da carta de saudação dirigida pelo novo director da Sala de Imprensa da Santa Sé Padre Frederico Lombardi aos jornalistas acreditados. Uma saudação na qual Padre Lombardi recorda o seu trabalho para que a actividade do Santo Padre e a realidade da Igreja possam ser conhecidas e compreendidas de maneira objectiva e adequada.

Navarro-Valls, director da sala de imprensa da Santa Sé desde 4 de Dezembro de 1984, deixou mais de duas décadas de serviço ao Papa e ao Vaticano, nas quais remodelou o espaço reservado pelo Vaticano aos jornalistas, criou uma agência de notícias da Santa Sé e deu um grande impulso à página Web do Vaticano, hoje por hoje uma das que tem maior número de visitas no mundo.

Ao completar 20 anos de serviço como porta-voz do Vaticano, Navarro-Valls assinalou em entrevista à Rádio Vaticano que a sua função é “invulgar”, dado que muitas vezes representa a voz oficial do Vaticano. Após a morte de João Paulo II, Navarro-Valls foi convidado por Bento XVI para continuar no cargo de que ocupava, tendo confessado, posteriormente, que “era difícil dizer ‘não’ a um Papa” e que desejava abandonar o cargo.