2006-07-11 18:15:06

LÍDERES PROTESTANTES ACUSADOS NA CHINA


Pequim, 10 jul (RV) - A justiça chinesa condenou à morte, seis líderes protestantes acusados de homicídio e apropriação indébita.

Segundo os advogados, as provas não são suficientes para condenar nenhum deles já que a confissão foi obtida através da tortura. É o que denuncia a "China Aid Association", uma organização não-governamental com base nos EUA, que trabalha pela liberdade de expressão na China.

Pequim permite a prática do Protestantismo apenas no âmbito das Associações Patrióticas, nascidas em 1950, depois da tomada de poder por Mao Tsé-tung, e da expulsão dos missionários estrangeiros e dos líderes das Igrejas, ainda que chineses. O nascimento dessas associações se deve ao chamado Movimento das Três Autonomias (MTA).

No segundo semestre de 1950, teve início a opressão religiosa camuflada, sob o pretexto da reforma política chamada "Movimento das Três Autonomias". Em virtude desse movimento, a Igreja na China devia livrar-se totalmente da influência estrangeira.

As três autonomias, de fato, são: autonomia de governo, ou seja, a garantia da liderança das Igrejas aos chineses, sem nenhum tipo de ingerência externa; autonomia de propaganda, isto é, a fé devia ser propagada somente pelos chineses; e autonomia econômica, vale dizer, as Igrejas devem ser mantidas somente com verbas chinesas e jamais estrangeiras.

As estatísticas oficiais dizem que, na China, existem 10 milhões de protestantes, todos da Associação Patriótica, nascida do MTA. Os "clandestinos"s são estimados em 50 milhões. Só no ano passado, o governo chinês prendeu 1.958 pessoas entre pastores e fiéis. (GZ)







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