2006-07-08 17:05:27

Leis injustas sobre a familia no centro das intervenções de varios prelados da Cúria Romana durante o congresso teologico-pastoral do V encontro mundial das familias em Valência


A presença em Valência de vários Cardeais da Cúria Romana e de alguns dos mais próximos colaboradores de Bento XVI, marcou a realização do Congresso teológico-pastoral do V Encontro Mundial das Famílias. As suas intervenções coincidiram, no essencial, nas preocupações com a crise da família em vários países, tendo em vista, sobretudo, alguns projectos legislativos que consideram ofensivos para o matrimónio e a vida.
Os conferencistas centraram a sua atenção sobre vários temas que preocupam os católicos de hoje, procurando definir o modelo de família que a Igreja defende, com as consequentes dimensões jurídicas, éticas e doutrinais. As recentes mudanças legislativas na Espanha, a respeito das uniões homossexuais e do divórcio não passaram despercebidas.
O dia final contou, para além do presidente do Conselho Pontifício para a Família, Cardeal López Trujillo, com a presença do Cardeal Ivan Dias, prefeito da Congregação da Evangelização dos Povos e do seu predecessor no cargo, o Cardeal Crescenzio Sepe; do presidente da Conferência dos Episcopados da América Latina, Cardeal Francisco Javier Errázuriz Ossa; do Patriarca de Veneza, Cardeal Angelo Scola; e do presidente da Conferência Episcopal Italiana e Vigário do Papa para a Diocese de Roma, Cardeal Camillo Ruini.
O discurso que dominou o encerramento do Congresso foi o do sucessor de Joseph Ratzinger à frente da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal William Joseph Levada. Este responsável lembrou que os cidadãos têm a obrigação de, em consciência, “não seguir as prescrições das autoridades civis quando estas são contrárias às exigências da ordem moral, aos direitos fundamentais ou aos ensinamentos do Evangelho”.
O Cardeal Levada precisou que as leis humanas e as decisões judiciais que não respeitem “o ensinamento fundamental imutável” são contrárias “à lei de Deus”, pelo que devem “ser consideradas injustas”.
Este membro da Cúria Romana denunciou que “um dos grandes desafios dos últimos tempos é a tentativa, em sociedades secularizadas, de mudar as leis que, durante séculos, inclusive milénios, reconheceram o plano de Deus para o matrimónio e a família como se apresenta na ordem da Criação, e que constitui um património comum para toda a humanidade governada pela lei natural”.
Por outro lado, o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé lembrou que “o Catecismo da Igreja Católica constitui uma ajuda única para que as famílias descubram a beleza da fé”.








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