CARDEAL DE BOLONHA PROPÕE EDUCAR SEM LAMENTAÇÕES COMO RESPOSTA ÀS LEIS ANTIFAMÍLIA
Valença, 05 jul (RV) - O Cardeal-arcebispo de Bolonha, Carlo Caffarro, propôs,
em sua conferência inaugural do Congresso Teológico Pastoral que se realiza em Valença,
Espanha, no âmbito do V Encontro Mundial das Famílias, uma educação sem lamentações,
como resposta à decisão do Parlamento Europeu, de obrigar os Estados-membros a equiparar
os casamentos e as uniões homossexuais.
Segundo a agência AVAN, o Cardeal considerou
a resolução _ aprovada em janeiro passado _ como uma "falsa concepção da laicidade
do Estado" e lamentou que "sejam condenados como homófobos, os Estados que não a aplicam".
O
Cardeal Caffarra explicou que a aplicação desses "princípios laicistas" na Europa,
supõe uma sociedade destinada a configurar-se como "um contrato de egoísmos, uma coexistência
negociada, entre estranhos".
Diante dessa situação _ precisou o Cardeal _ a
principal "emergência é a educação", pois "uma geração inteira de adultos não sabe
educar uma geração inteira de jovens".
Em sua conferência, o Cardeal-arcebispo
de Bolonha destacou a missão da Igreja na "reconstrução de uma forte união educadora
dentro e fora das famílias, porque a devastação do ser humano não se detém com lamentações,
mas pela regeneração educativa de pessoas verdadeiramente livres e livremente verdadeiras".
O
purpurado também observou que, com a resolução do Parlamento Europeu, os conceitos
de vida conjugal e paternidade "deverão ser substituídos" por termos que "não derivem
de nenhuma concepção particular da sexualidade humana: não mais cônjuges, mas "parceiros",
não mais pais e mães, mas "progenitor A" e "progenitor B". (MZ)