2006-06-27 17:58:05

BENTO XVI CONGRATULA-SE COM PRESIDENTE DAS FILIPINAS PELA ABOLIÇÃO DA PENA DE MORTE NO PAÍS


Cidade do Vaticano, 26 jun (RV) - Bento XVI recebeu em audiência, esta manhã, a Presidente das Filipinas, Gloria Macapagal Arroyo, acompanhada de seu marido e uma pequena comitiva de seu governo.

A recente decisão de abolir a pena de morte, o compromisso social em favor dos mais pobres e as perspectivas de paz que passam pelo diálogo com os muçulmanos foram os temas que polarizaram o encontro.

O Santo Padre congratulou-se com a Chefe de Estado, por sua decisão de abolir definitivamente, da legislação do país, o recurso à pena capital. As Filipinas entram assim, a pleno título, para o grupo de nações que decidiu abolir a pena de morte. Mas ainda existem 54 Estados, em todo o mundo, que adotam essa terrível medida punitiva.

Durante o colóquio, falou-se sobre as "favoráveis perspectivas de diálogo com a população muçulmana" das Filipinas e sobre a "esperança de uma pacificação nacional".

A Presidente filipina _ afirma o comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé _ "observou que os valores cristãos nos quais se reconhece a maioria dos filipinos, encontram expressão e apoio também na legislação do Estado".

Ao término do encontro com o Santo Padre, Gloria Macapagal Arroyo presenteou o Papa com o texto da nova lei, que elimina a pena de morte, juntamente com uma imagem de Nossa Senhora da Guia, que reproduz a primeira imagem de Nossa Senhora levada pelos espanhóis às Filipinas, em 1571.

Antes de deixar o Vaticano, Glória Macapagal Arroyo se deteve com o Cardeal Secretário de Estado, Angelo Sodano. A seguir, desceu à Cripta Vaticana, para rezar por alguns instantes diante do túmulo de João Paulo II.

As Filipinas constituem a maior "casa" dos católicos no continente asiático, berço de antiqüíssimas religiões. Numa população de mais de 82 milhões de habitantes, os católicos são 66 milhões e, para além das habituais ondas de violência desencadeadas pelo terrorismo islâmico, a convivência com os muçulmanos é geralmente vivida com distensão. O diálogo entre Cristianismo e Islamismo é, desde sempre, uma das prioridades do Episcopado filipino.

Recentemente, os prelados locais endereçaram uma carta pastoral aos fiéis, na qual convidam também as instituições à moralização do país contra a corrupção, e ao compromisso com a correção das finanças e a luta contra a pobreza. (RL)







All the contents on this site are copyrighted ©.