O novo representante do Papa no Iraque reafirma compromisso da Santa Sé pela paz
O novo representante do Papa no Iraque, o arcebispo Francis Chullikat, defende que
o Vaticano está a fazer “todos os possíveis” para promover a paz neste país. A
poucos dias da sua consagração oficial, o novo Núncio traça à agência AsiaNews as
linhas-mestras da sua missão e assegura o “empenho incondicional” da Igreja Católica
pela “paz e reconciliação entre as partes em conflito e entre as religiões”. O
Arcebispo Chullikat, de origem indiana, confessa que esta missão diplomática “não
é fácil”, mas está consciente de que o Vaticano tem feito tudo o que está ao seu alcance
para ajudar a questão da violência. “O nosso amado João Paulo II fez diversos apelos
pessoais e enviou delegados junto do presidente George W. Bush e de Saddam Hussein,
para tentar evitar o conflito”, lembra o Núncio. O anterior Núncio Apostólico
no Iraque, D. Fernando Filoni, foi o único diplomata ocidental a permanecer em Bagdad
durante os bombardeamentos norte-americanos. A comunidade cristã no Iraque é uma
pequena minoria, de cerca de 3% da população do país, pertencendo sobretudo à Igreja
caldeia. A Agência do Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras, AsiaNews,
tem denunciado uma “perseguição escondida” aos cristãos no Iraque, que ultrapassa
em muito o rebentamento das bombas. Ameaças, raptos e discriminação quotidiana acompanham
os atentados, com o objectivo de alimentar as divisões internas e a instabilidade
política. Para a AsiaNews, alguns movimentos islâmicos querem mesmo “expulsar
a comunidade cristã para fora do país”, local onde estão presentes desde o início
do Cristianismo.