2006-06-23 19:05:16

DOCUMENTO DA SANTA SÉ COM RECOMENDAÇÕES SOBRE O FENÔMENO DA MIGRAÇÃO "DE" E "PARA" OS PAÍSES ISLÂMICOS


Cidade do Vaticano, 23 jun (RV) - A Santa Sé publicou ontem, as "Conclusões e recomendações" sobre o fenômeno da migração "dos" e "para" os países de maioria islâmica. O documento é o resultado da assembléia geral do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, realizada de 15 a 17 de maio passado.

A publicação aborda temas relativos aos migrantes muçulmanos nos países de maioria cristã: o diálogo, a situação em alguns países de maioria islâmica, escolas e educação, os Estados e a liberdade religiosa, e o papel da mídia.

O documento aponta um aumento da imigração dos muçulmanos para os países europeus e da América do Norte, de antiga tradição cristã. Por essa razão, os católicos são chamados a ser solidários e abertos, conhecendo melhor a cultura e a religião daquele que chega e testemunhando, ao mesmo tempo, os próprios valores cristãos. Portanto, é importante o respeito mútuo e a solidariedade humana num clima de paz.

Outro resultado da assembléia foi a necessidade de criar capelanias para refugiados e estudantes estrangeiros; de convidar os peregrinos para que procurem o rosto de Deus também nos crentes de outras religiões; de se ter capelas nos aeroportos, estações ferroviárias e rodoviárias; de continuar a acolhida aos marítimos, qualquer que seja a sua religião; e de reforçar uma maturidade das sociedades democráticas, a fim de que compreendam e respeitem a diversidade social, cultural e religiosa dos ciganos.

A educação é outro ponto importante do documento, já que possui um papel fundamental para vencer os conflitos da ignorância e dos preconceitos.

Com satisfação, constatou-se que muitos Estados de maioria islâmica têm estabelecido relações diplomáticas com a Santa Sé, mostrando-se desejosos de um diálogo intercultural e inter-religioso. Portanto, a Igreja deve prosseguir as iniciativas de diálogo em vários níveis, sobretudo, quando este é facilitado pelos responsáveis políticos.

O documento menciona ainda, os meios de comunicação, destacando que os jornalistas devem assumir suas próprias responsabilidades, não só relativas à liberdade de expressão, mas especialmente na qualidade da informação. Eles podem oferecer uma importante contribuição à formação de cristãos e muçulmanos. (JP)







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