2006-06-23 13:05:45

A Igreja é "porto de abrigo" na crise timorense


As convulsões internas em Timor-Leste tem “características muito complexas” mas Portugal “deve continuar a apoiar este país irmão que vimos nascer” – confessou à Agência ECCLESIA o Pe. Vítor Melícias, sacerdote franciscano e antigo comissário para o Apoio à Transição em Timor Leste. Para que esta situação seja ultrapassada, o Pe. Vítor Melícias apela ao “diálogo e ao encontro efectivo entre os interesses reais do povo e os seus porta-vozes e os porta-vozes da «máquina do Estado»”.
Timor Leste tem pessoas com capacidade “suficiente para poderem fazer a ponte” mas o clima “é particularmente difícil”. Actualmente fala-se que existem naquele território cerca de 100 mil refugiados. As condições de paz formal exterior “estão mais ou menos garantidas com a presença de Forças de Segurança Externas” – referiu o antigo comissário. O povo ansiava e continua a ansiar pela democracia só que é preciso saber conjugar e dar tempo ao tempo para que as democracia formal de tipo ocidental que está consagrada na Constituição e a “democracia real possam encontrar-se”. O momento é tão delicado que se “os apoios se ausentarem as coisas podem piorar” – revela o Pe. Vítor Melícias. A questão do petróleo está ser “instrumentalizada ao serviço de alguns interesses mesmo até por alguns países vizinhos, pelo menos a aparência é essa”.
A Igreja tem assumido papel fundamental e de “grande isenção”. E adianta: “a igreja não deve intervir como organismo de caracter político nem fazer intervenções de política directa”. O povo vê a Igreja como um “porto de abrigo” porque “tem confiança nos seus responsáveis”.








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