CONVERSAS ENTRE CHINA E SANTA SÉ PARA NORMALIZAR RELAÇÕES
Pequim, 19 jun (RV) - Expoentes da Cúria romana estão em Pequim, para encontros
reservados com as autoridades chinesas, no intuito de tentar normalizar as relações
bilaterais, depois das recentes tensões causadas pela nomeação de dois novos bispos
para a Associação Católica Patriótica (a Igreja Católica oficialmente reconhecida
no país) sem a aprovação da Santa Sé.
A notícia foi difundida pelo Cardeal-bispo
de Hong Kong, Joseph Zen Ze-kiun, numa entrevista à agência de notícias Reuters. O
Cardeal Ze-kiun não indicou quem são os enviados da Santa Sé nem precisou se a delegação
já deixou a capital chinesa.
Pequim não mantém relações diplomáticas com o
Vaticano desde 1951, ou seja, dois anos depois que o Partido Comunista assumiu o poder
no gigante asiático. O governo chinês permite que os católicos rezem nas igrejas oficiais
e que se refiram ao Papa como líder espiritual, mas não como efetivo líder da Igreja
Católica no mundo.
Os católicos na China são quase 13 milhões, segundo estimativas
aproximativas. Destes, cerca de 5 milhões pertencem à Associação Católica Patriótica
e os demais 8 milhões são afiliados à Igreja Católica chamada "clandestina", porque
fiéis ao Papa e à Santa Sé. (ED)