2006-06-20 19:17:53

A intervenção do Arcebispo Giovanni Lajolo,na primeira sessão do novo Conselho dos Direitos do Homem da ONU, denuncia que membros do Conselho violam direitos do homem


Até mesmo nas nações que fazem parte do recém nascido Conselho dos Direitos do homem se violam direitos fundamentais. A pronunciar-se desta vez foi o secretário do Vaticano para as relações com os estados o arcebispo Giovanni Lajolo, intervindo em Genebra na primeira sessão daquele organismo internacional. Sem nunca citar abertamente a China, Cuba, Arábia Saudita, Argélia, Paquistão ou Rússia, todos países membros que vestem a camisola negra dos direitos humanos. O arcebispo Lajolo usou palavras muito severas para descrever o estado actual das coisas salientando que as violações se verificam em numerosos países, e infelizmente , também entre alguns membros do novo conselho. Quanto ao tema da liberdade religiosa, salientou que este é um direito que toca a própria existência humana, caso contrário o homem transforma-se numa simples engrenagem de um projecto de organização social. A liberdade religiosa é um valor para todos.
A visão panorâmica do mundo - disse o arcebispo Lajolo - mostra que a situação dos direitos humanos é preocupante. Se se consideram o conjunto dos direitos enunciados na Declaração universal dos Direitos do homem e nos tratados internacionais, que dizem respeito aos direitos económicos, sociais e culturais, não existe um único direito que não seja violado nos países, infelizmente também naqueles que compõem o novo Conselho.
Existem governos - explicou o arcebispo Lajolo – que continuam a pensar que é o poder que determina em ultima análise, o conteúdos dos direitos humanos, autorizando por conseguinte, o uso de praticas aberrantes, como a imposição do controlo de nascimentos, negar em certas circunstancias o direito á vida, pretender controlar as consciência dos cidadãos e o acesso á informação, negar o acesso a um processo judicial publico e ao direito a ter uma defesa, reprimir os dissidentes políticos, limitar indistintamente a imigração, permitir aos trabalhadores trabalhar em condições degradantes, verificar a discriminação feminina, restringir o direito de associação. E estes são apenas alguns exemplos de direitos espezinhados.








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