"L'OSSERVATORE ROMANO": IMPRENSA NÃO ENTENDEU VIAGEM PAPA A POLÔNIA
Cidade do Vaticano, 12 jun (RV) - A imprensa européia talvez tenha dado uma
interpretação excessivamente política à viagem do Papa à Polônia. É o parecer do jornal
da Santa Sé, "L'Osservatore Romano", que recorda que, com sua peregrinação aos lugares
que eram caros a João Paulo II, o novo Papa não quis apenas "recolher uma herança",
mas principalmente realizar um ato de seu ministério.
O "capítulo polonês"
do pontificado de Joseph Ratzinger _ explica o editorial vaticano _ teve também a
importante função de reforçar a comunhão e o "sentir" unânime dos cristãos da Europa.
Segundo
o "L'Osservatore Romano", a etapa polonesa teve um papel relevante para a história
da Polônia, que continua a viver uma nova era. Confirma que o Cristianismo polonês
é um componente original do Cristianismo europeu, e indica o caminho do futuro. Nesse
sentido _ conclui o diário vaticano _ é uma mensagem de esperança.
As críticas
do diário vaticano referem-se principalmente às interpretações de algumas agências
e jornais sobre o discurso feito por Bento XVI ao clero polonês. Contrariamente ao
que foi escrito em algumas reportagens, a resistência ao comunismo foi animada pelo
Episcopado, pelo clero, e por um pequeno grupo de leigos. Naquele discurso _ afirma
o "L'Osservatore Romano" _ o Papa quis especificar a missão dos sacerdotes: a de ser
especialistas em promover o encontro do homem com Deus.
O discurso ao clero,
na Catedral de Varsóvia é um texto importante, que mostra uma visão não-clerical da
Igreja, pois insiste no caráter espiritual e litúrgico do ministério presbiteral.
(CM)