LÍBANO: INAUGURADA ESTÁTUA EM HOMENAGEM A JOÃO PAULO II
Beirute, 06 jun (RV) - A Igreja de Santo Elias dos maronitas, em Kantari, Líbano,
inaugurou uma estátua de João Paulo II, nos dias passados, para recordar a visita
do falecido pontífice ao país. A estátua será depois, transferida para a capital,
Beirute.
A cerimônia realizou-se durante a santa missa celebrada pelo Arcebispo
maronita de Beirute, Paul Youssef Matar, que foi o coordenador da viagem do Santo
Padre, há 9 anos. Estiveram presentes representantes de todos os patriarcados, numerosos
bispos, autoridades políticas e mais de cinco mil fiéis.
As palavras proferidas
por João Paulo II, em 1997, foram recordadas durante os discursos e na homilia. "O
vosso país necessita, sobretudo, da vossa conversão. Uma conversão dos corações será
o único caminho capaz de combater a desilusão, a angústia, o desespero" _ disse o
Papa Wojtyla, em sua passagem por Beirute.
"Compete a vós, libaneses, destruir
as falsas barreiras construídas com as sucessivas fases dramáticas vividas pelo Líbano.
É um vosso dever reconstruir pontes de encontro entre as diversas comunidades religiosas
e políticas do país" _ destacou o Pontífice.
No discurso que proferiu após
a leitura do telegrama enviado por Bento XVI para a ocasião, o Núncio Apostólico no
Líbano, Dom Luigi Gatti, reafirmou a união da Santa Sé e do Santo Padre aos valores
religiosos e históricos do país.
Dom Gatti se deteve sobre as características
que fizeram de João Paulo II "o Papa do perdão, o homem da fé vivida mediante gestos
proféticos, que teve o dom de ser amado, respeitado e admirado por comunidades, pelos
jovens e também pelos doentes". "Um Papa que saudou o mundo, através da janela do
sofrimento e que não se envergonhava de aparecer doente e ancião" _ disse o Núncio.
Durante
a homilia, Dom Paul Youssef Matar ressaltou a importância de a inauguração coincidir
com a festa de Pentecostes, indicando em João Paulo II "um apóstolo não somente da
Igreja, mas de a humanidade", o pastor do Pentecostes. Ele insistiu sobre a importância
histórica desse grande Papa, que consagrou seu pontificado à difusão e à defesa dos
valores fundamentais do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. (JP)