Washington, 07 jun (RV) - No momento em que o Pontifício Conselho para a Família
lança um documento intitulado "Família e Procriação Humana", no qual defende o amor
e o casamento entre um homem e uma mulher, os republicanos norte-americanos trazem
para a campanha eleitoral a polêmica sobre o casamento homossexual.
A cinco
meses das eleições de meio de mandato, o debate sobre o casamento homossexual foi
reavivado pelos republicanos, preocupados com as pesquisas que mencionavam o risco
da perda de sua maioria na Câmara dos Representantes.
Imediatamente, o Senado
voltou a falar sobre a emenda à Constituição que definiria o casamento como a união
entre homem e mulher.
Os fundamentalistas cristãos haviam protestado contra
o fato que o casamento gay fora julgado "matéria suficientemente importante para estar
no centro da campanha eleitoral, mas não tão importante para ser tratada depois de
vencidas as eleições".
Apesar da quase inexistência da possibilidade que essa
emenda _ exageradamente ideológica _ seja votada, o Presidente George W. Bush, para
acalmar os ânimos, declarou que "a união entre um homem e uma mulher, pelo casamento,
é a instituição humana mais importante e mais resistente".
Em 19 estados norte-americanos,
o Parlamento já tentou interditar casamentos homossexuais, mas a Justiça se pronunciou
contra, afirmando que se trata de uma forma de discriminação. Sete outros estados
devem se pronunciar sobre essa questão, em novembro próximo. (ED)