2006-06-05 16:50:32

APÓS DOIS ANOS DE PRISÃO, CRISTÃO SÃO RECONHECIDOS INOCENTES NA ÍNDIA


Nova Délhi, 03 jun (RV) - Após dois anos na prisão, por falsa acusação, 16 cristãos foram considerados inocentes por um tribunal em Madhya Pradesh, na Índia. A Corte de Alirajpur, no distrito de Jhabalpur, emitiu o veredicto no último dia 31 de maio.

Os detentos eram acusados de homicídio e tentativa de homicídio em brigas, no período de 11 a 17 de janeiro de 2004, entre cristãos e membros do grupo extremista hindu "Rashtrya Swayam Sevak Sangh". Os juízes inocentaram os 16 jovens por falta de provas. Além disso, a Corte declarou que as testemunhas apresentadas pela acusação foram criadas e manipuladas.

A polícia prendeu o grupo de cristãos depois da morte de um ativista do grupo extremista hindu e do ferimento de outros 10. Os 16 cristãos foram detidos somente com base em suspeitas e seja a Alta Corte, seja a Corte Suprema negaram a eles a liberdade sob fiança.

Satisfeito com o veredicto, o porta-voz da Conferência Episcopal de Madhya Pradesh, Pe. Anand Muttangal, que desempenhou um papel importante, trabalhando para mostrar a inocência dos cristãos, disse que a decisão do Tribunal reabilita, mais uma vez, a Igreja. Na próxima audiência, espera-se que seja concedida a liberdade aos acusados.

Tão logo recebeu a notícia, o porta-voz da Conferência Episcopal Indiana, Pe. Babu Joseph, declarou que esse incidente ajudará a reforçar a confiança das pessoas no sistema judiciário do país. "Dois anos na prisão sem culpa _ acrescentou Pe. Babu Joseph _ suscita uma séria preocupação em todos aqueles que crêem nos valores como a liberdade, a justiça e a honestidade."

Contudo, a perseguição contra os cristãos continua naquela região. Nos últimos meses, o distrito de Jhabalpur tornou-se palco de atividades anticristãs perpetradas com a cumplicidade da população local.

A Conferência Episcopal de Madhya Pradesh denuncia que esta campanha de intimidação compreende conversões forçadas ao Hinduísmo e ataques a lugares de culto por parte dos grupos fundamentalistas, com o objetivo de criar a mesma atmosfera de intolerância que se respira em Gujarat. (JP)







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