2006-06-04 11:13:37

Vigilia de Pentecostes na Praça de São Pedro. Quatrocentos mil em festa com o Papa que reafirma a importância dos movimentos laicais na Igreja, e convida a defender a vida e a não viver no egoismo.


Foi num ambiente verdadeiramente festivo que cerca de 400 mil membros de movimentos eclesiais e novas comunidades se reuniram em volta do Papa, para a Vigília do Pentecostes, no Vaticano – algo que aconteceu apenas pela segunda vez em oito anos.
Bento XVI saudou os presentes e, na homilia da celebração de Vésperas a que presidiu, destacou o papel destas realidades eclesiais – que explodiram após a segunda metade do século XX – como “escolas de liberdade”.
Os novos movimentos eclesiais caracterizam-se, sobretudo, pelo facto se dirigirem principalmente a fiéis leigos para ajudá-los a viver como católicos na sua vida quotidiana.
O Papa pediu que estes movimentos sejam seus colaboradores na construção de uma Igreja “ao serviço dos homens, em particular dos mais pobres”.
“Queridos amigos, peço-vos que sejais, ainda mais, colaboradores do ministério apostólico universal do Papa, abrindo as portas a Cristo. Este é o melhor serviço da Igreja aos homens e de maneira muito particular aos pobres, para que a vida da pessoa humana, uma ordem mais justa da sociedade e a convivência pacifica entre as nações encontrem em Cristo a pedra angular, sobre a qual construir a autentica civilização, a civilização do amor. O Espírito Santo dá aos crentes uma visão superior do mundo, da vida, da historia e fá-los guardiãos da esperança que não desilude”
O Papa optou por valorizar o papel de movimentos e comunidades, na Igreja, face aos desafios e erros da cultura contemporânea, em especial o de “gozar a vida”.
Partindo da parábola evangélica do filho pródigo, Bento XVI falou dos perigos de uma falsa noção de liberdade, definida como “fazer tudo o que se quer”. As consequências desse conceito egoísta são, segundo o Papa, “a destruição da liberdade e da vida”.
Neste contexto, os movimentos nasceram “da sede de uma vida verdadeira” e devem ser “escolas de liberdade”.
123 movimentos, associações, comunidades e experiências eclesiais de base estiveram presentes na Praça de São Pedro. Para o presidente do Conselho Pontifício para os Leigos (CPL), Arcebispo Stanislaw Rylko, esta presença massiva representa a vontade de “dizer mais uma vez ao sucessor de Pedro que estamos prontos para a missão e que a Igreja pode contar connosco”.
Os movimentos eclesiais e novas comunidades já têm uma história de várias décadas e uma grande implantação na Igreja. A maioria destas realidades já obteve o reconhecimento canónico da Santa Sé.
Em Novembro de 2004, o CPL publicou o primeiro Directório dos movimentos e comundades
internacionais de leigos, um guia onde é possível encontrar 123 associações.400







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