Roma, 31 mai (RV) - 860 milhões de crianças em todo o mundo não sabem o que
lhes reserva o futuro e vivem sob a ameaça da fome, da exploração no trabalho, do
tráfico de menores, da escravidão, da miséria, da prostituição e da AIDS. São esses
os dados apresentados pela fundação "Ajuda à Igreja que Sofre" (AIS), em seu relatório
"Crianças sem infância".
Por ocasião do Dia Mundial da Criança _ 1º de junho
_ a AIS lembra que "ainda há muito a se fazer no campo da promoção da dignidade e
dos direitos da criança". 20 milhões vivem em campos de refugiados, 120 milhões são
"meninos da rua", 171 crianças de idades compreendidas entre 4 e 14 anos trabalham
em condições de risco para sua saúde e 115 milhões de menores não têm acesso à educação.
No
âmbito de sua missão, a AIS apóia projetos de auxílio em prol dos mais jovens, em
especial nos Estados mais castigados pela fome, a guerra ou a pobreza.
No Sudão,
por exemplo, a fundação apóia um projeto de missionários salesianos, que acolhem crianças-soldado
que fogem dos "senhores da guerra". Na missão, foi construído um colégio para que
os ex-combatentes pudessem superar os traumas da guerra.
O maior projeto internacional
da fundação é a "Bíblia das Crianças", cuja versão portuguesa já teve 9,5 milhões
de exemplares distribuídos no Brasil, Angola, Moçambique e Timor Leste. Este ano,
a AIS quer enviar a Moçambique, 40 mil exemplares da Bíblia das Crianças, impressos
nas línguas locais. (CM)