Bispo das Forças Armadas e de Segurança de Portugal espera missão de "paz e reconciliação"
em Timor
D. Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança, espera que a
presença de militares portugueses em Timor-Leste sirva para a pacificação do território,
afectado por uma grave crise social e política. Em declarações à Agência ECCLESIA,
D. Januário manifesta a sua “comunhão fraterna” a todos os membros da Guarda Nacional
Republicana (GNR) e da PSP que vão em missão de serviço “à paz e à reconciliação”
no país. No desempenho pastoral de Bispo das Forças Armadas e de Segurança, expresso
a maior solidariedade ao povo de Timor-Leste, com os votos de reconciliação em ordem
à unidade da paz no território”, referiu ainda. O primeiro-ministro, José Sócrates,
anunciou na passada quinta-feira que o destacamento da GNR que Portugal vai enviar
para Timor-Leste "irá colaborar nas operações de manutenção da ordem pública e nas
acções de formação das forças de segurança" naquele país. A GNR "actuará em articulação
com uma força multinacional", dando "uma resposta afirmativa de compromisso, de empenhamento
e de solidariedade" ao pedido feito pelas autoridades de Timor, disse José Sócrates
numa declaração ao país, no final de uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros
que aprovou o envio de uma companhia da GNR com cerca de 120 elementos. Em Díli estão
também 16 elementos do Grupo de Operações Especiais (GOE) da PSP. Em Timor-Leste,
o presidente Xanana Gusmão, anunciou esta terça feira ter assumido a "responsabilidade
principal" pelas áreas da defesa e segurança e decretou um conjunto de "medidas de
emergência" para pôr termo à violência no país.