2006-05-26 16:09:09

Em Angola a cólera cobre quase todo o territorio


A cólera pode ter alastrado a Cabinda. A confirmarem-se os rumores, o enclave do norte de Angola será a 13ª província afectada pela epidemia declarada a 19 de Fevereiro, seis dias depois de ter sido registado o primeiro caso.

O alerta sobre os "rumores" da cólera em Cabinda consta do relatório diário sobre a epidemia divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo a organização da ONU, foi confirmada a presença do surto na província de Luanda Norte, com 59 mortos em 159 casos detectados

A OMS diz estar a trabalhar com o governo angolano para "providenciar apoio à coordenação de água e saneamento". Uma ajuda que vem de encontro às exigências do presidente de Angola. "Profundamente preocupado com a persistência e alastramento da epidemia", José Eduardo dos Santos ordenou a "elaboração imediata" de um plano de luta contra a cólera, em coordenação com as Forças Armadas Angolanas.



O plano de luta deve ser executado no período de seis a doze meses, abrangendo "medidas concretas" para acelerar o realojamento das famílias que se encontram em áreas críticas e melhorar o sistema de distribuição de água potável. Os 27 anos de guerra civil, que findaram em 2002, devastaram os sistemas de água e saneamento de Angola, criando as condições ideais para esta doença intestinal aguda, que se propaga na água e comida em más condições.



O presidente angolano pretende, ainda, que o plano de luta adopte medidas para concluir a construção dos mercados projectados. José Eduardo dos Santos equaciona a transferência do Mercado Roque Santeiro, em Luanda, um dos maiores do continente africano a céu aberto.
Maurício Camuto da Rádio Ecclesia com uma breve crónica.








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