Sarajevo, 23 mai (RV) - Na Bósnia-Herzegóvina, comunidades católicas vêm sofrendo
os efeitos de discriminações, principalmente os jovens. A informação é do responsável
pela pastoral juvenil da Arquidiocese de Sarajevo, Pe. Simo Marsic, à agência de notícias
Ecclesia.
Pe. Marsic explicou, durante uma visita à sede internacional da fundação
"Ajuda à Igreja que Sofre", que "numerosos jovens, de todas as crenças _ cerca de
60% deles _ querem deixar o país, porque não vêem futuro no próprio país".
Segundo
o sacerdote, os estudantes católicos, em particular, têm dificuldade de encontrar
trabalho após a conclusão dos estudos. "A Igreja, contudo, confia nos jovens e tenta
dar-lhes assistência. Em 2004, a Arquidiocese fundou o Centro Juvenil João Paulo II,
em Sarajevo, com o objetivo de promover a compreensão mútua e a reconciliação entre
os jovens de diferentes crenças" _ afirmou Pe. Marsic.
O sacerdote sublinhou
ainda, o papel da Igreja na construção das comunidades por todo o país: "Os jovens
da Bósnia-Herzegóvina devem conhecer-se entre si, devem conhecer e compreender a cultura
e a religião uns dos outros. Por esse motivo é que a Igreja organiza encontros inter-religiosos
e acampamentos de verão, que são freqüentados por jovens católicos, ortodoxos e muçulmanos."
Concluindo,
Pe. Marsic agradeceu à fundação "Ajuda à Igreja que Sofre" pelo apoio que tem recebido,
especialmente na reconstrução das igrejas. (ED)