2006-05-22 13:47:36

Testemunhar a transfigurante presença de Deus num mundo cada vez mais desorientado: a exortação de Bento XVI às pessoas consagradas.


Perante “a insídia da mediocridade, do emburguesamento e da mentalidade consumista” com que se confronta hoje a vida consagrada (não obstante se verifique também, inegavelmente, um generoso impulso, capaz de testemunho e de doação total)”, há que “animar, propor e recordar a razão de ser” da via de consagração. Esta a exortação de Bento XVI, recebendo nesta segunda-feira os Superiores e Superioras dos Institutos de vida consagrada e das Sociedades de vida apostólica.
“Os consagrados e as consagradas – recordou o Papa – têm a tarefa de ser testemunhas da transfigurante presença de Deus num mundo cada vez mais desorientado e confuso”. “Ser capaz de encarar este nosso tempo com o olhar da fé significa aprender a olhar o homem, o mundo e a história à luz de Cristo crucificado e ressuscitado”.

Embora reconhecendo que “nos últimos anos a vida consagrada tem sido compreendida num espírito mais evangélico, mais eclesial e mais apostólico”, o Santo Padre advertiu porém para o facto de “algumas opções concretas não terem oferecido ao mundo o autêntico rosto, vivificante, de Cristo”, e isso pelo facto de “a cultura secularizada” ter “penetrado na mente e no coração de muitos consagrados, que a entendem como uma forma de acesso à modernidade e de abordagem do mundo contemporâneo”.

Bento XVI recordou que é “para pertencerem totalmente ao Senhor” que “as pessoas consagradas abraçam um estilo de vida casto”. “A virgindade consagrada não se pode inscrever no quadro da lógica deste mundo”; pois se trata do “mais desarrazoado dos paradoxos cristãos, que nem a todos é dado compreender e viver”. Por outro lado, observou ainda o Papa, “viver uma vida casta quer também dizer renunciar à necessidade de aparecer, assumir um estilo de vida sóbrio e modesto. Os religiosos e as religiosas estão chamados a demonstrá-lo também pela opção do hábito, um hábito simples que seja sinal de pobreza vivida em união com aquele que de rico que era se fez pobre para nos enriquecer com a sua pobreza”.








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