2006-05-18 14:36:00

O desenvolvimento é um dever, não apenas uma aspiração: Bento XVI ao novo Embaixador de Cabo Verde.


Dirigindo-se ao Embaixador de Cabo Verde junto da Santa Sé, que lhe entregou nesta quinta-feira as suas Cartas Credenciais, Betno XVI a centenária presença da Igreja neste país, “fazendo da fé cristã uma componente essencial da cultura e do património espiritual da população” cabo-verdiana. É por isso “importante que as relações entre Igreja e Estado se desenvolvam harmoniosamente no respeito da autonomia das duas partes… na busca do bem comum”. Pela sua parte, assegurou Bento XVI, “a Igreja católica deseja contribuir para o desenvolvimento integral dos povos”, bem conhecendo “a dramática questão da justiça” que a pobreza de tantos homens e mulheres a todos coloca”.
“O subdesenvolvimento não é uma fatalidade – considera o Papa. Deve ser enfrentado com determinação e perseverança. O desenvolvimento não é só uma aspiração, é um direito”. “É necessário que uma autêntica solidariedade favoreça relações mais equitativas entre as nações, assim como o seu desenvolvimento humano e espiritual”. É também entre os povos, e não só no interior de cada sociedade – advertiu Bento XVI – que se deve exercer a solidariedade”.
Finalmente, uma referência à actual “expansão do fenómeno migratório, com as graves questões que daí derivam”. Para o Papa, “é dever dos países que acolhem pessoas imigradas praticar um acolhimento fraterno e legislar a favor da sua inserção digna na sociedade, respeitando ao mesmo tempo a sua legítima identidade.” Mas não basta: é também necessário tomar em consideração os factores que provocam a imigração: desequilíbrios socioeconómicos; uma mundialização sem regras; situações de violência ou de violação dos direitos da pessoa. “A solidariedade internacional deveria permitir a cada um viver com dignidade no seu próprio país, desenvolvendo os dons recebidos do Criador”.








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