Episcopado italiano defende direito a intervir na vida pública.
A Conferência Episcopal Italiana (CEI) defendeu o seu direito a intervir na discussão
pública de questões como o aborto, a eutanásia ou as uniões homossexuais, apesar dessas
posições serem “muitas vezes mal toleradas”.
No início da 56ª assembleia plenária
do organismo episcopal, o Cardeal Camillo Ruini, presidente da CEI, negou que as intervenções
dos Bispos sejam uma “intromissão indevida na liberdade de consciência das pessoas
e nas leis autónomas do Estado”.
Citando Bento XVI, o Cardeal Ruini disse que
há “princípios não negociáveis” por causa do seu intrínseco valor ético. No caso do
aborto, por exemplo, o presidente da CEI diz que não há “nenhuma circunstância” que
o possa justificar, o mesmo acontecendo com o reconhecimento jurídico de outras uniões
que não o matrimónio.
A contestação a estas posições dos Bispos italianos,
disse o Cardeal Ruini, “tem favorecido, involuntariamente, o crescimento, em estratos
cada vez maiores do povo italiano, uma mais precisa consciência de alguns valores
essenciais e da necessidade de defendê-los, tendo em vista o bem comum”.