Londres, 12 mai (RV) - Controle mais severo sobre a venda de armas, para frear
um sistema que leva a mortes, estupros e torturas. Esse é o apelo da Anistia Internacional
e da TransArms, organizações que elaboraram um relatório evidenciando como o tráfico
de armas no mundo está cada vez mais sofisticado.
Entre os países mais envolvidos,
seja no transporte das armas seja na intermediação das vendas, estão China, Emirados
Árabes, Israel, Holanda, Reino Unido, Estados Unidos, Suíça, Ucrânia e Bálcãs.
Ambas
as organizações afirmam que essa rede de mediações facilita a exportação dos principais
fornecedores aos países em desenvolvimento. O controle nas alfândegas são brandos
_ explica Brian Wood, da Anistia Internacional _ e somente 35 países têm leis específicas
para regulamentar a intermediação da venda de armas.
O relatório denuncia ainda,
algumas sociedades privadas envolvidas no tráfico ilegal de armas, que teriam sido
utilizadas nas missões de paz das Nações Unidas, financiadas por verbas públicas.
A
cada ano, meio milhão de seres humanos são mortos, em todo o mundo, por meio de armas
de fogo. (ED)