2006-05-12 18:44:17

SÓ O MATRIMÔNIO ENTRE HOMEM E MULHER CONSISTE NUM BEM AUTÊNTICO PARA A HUMANIDADE


Cidade do Vaticano, 1 mai (RV) - Somente o matrimônio entre um homem e uma mulher, "exclusivo e definitivo", corresponde ao modo de amar de Deus e se configura "como um autêntico bem para a humanidade".

Foi o que disse Bento XVI, recebendo em audiência, esta manhã, os participantes do Simpósio promovido, nestes dias, em Roma, pelo "Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e a Família", fundado 25 anos atrás, pelo próprio Papa Wojtyla.

Bento XVI ressaltou que é urgente, hoje, "evitar a confusão com outros tipos de uniões baseadas num amor frágil".

Dentro de dois dias, se recordará o 25º aniversário do atentado contra João Paulo II, na Praça São Pedro: era o dia 13 de maio de 1981, festa de Nossa Senhora de Fátima. Naquele dia, o Papa Wojtyla tinha dois importantes anúncios a fazer durante a Audiência Geral: a criação do Pontifício Conselho para a Família e do "Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e a Família". O atentado o impediu de fazê-lo.

Depois de ter recordado com emoção, o episódio do atentado, Bento XVI dirigiu-se aos participantes do Simpósio, evidenciando os dois principais elementos que caracterizam os ensinamentos de João Paulo II sobre a família, a partir da "profética e sempre atual encíclica" de Paulo VI, a "Humanae vitae".

"O primeiro elemento _ disse _ é que o matrimônio e a família são radicados no núcleo mais íntimo da verdade sobre o homem e sobre seu destino. A Sagrada Escritura revela que a vocação ao amor faz parte daquela autêntica imagem de Deus que o Criador quis imprimir em Sua criatura, chamando-a a tornar-se semelhante a Ele justamente na medida em que é aberta ao amor."

"A diferença sexual que conota o corpo do homem e da mulher não é, portanto, um simples dado biológico, mas reveste um significado bem mais profundo: expressa aquela forma do amor com o qual o homem e a mulher, tornando-se uma só carne, podem realizar uma autêntica comunhão de pessoa aberta à transmissão da vida e cooperam desse modo com Deus para a geração de novos seres humanos."

O segundo elemento que caracteriza a novidade do ensino de João Paulo II sobre o amor humano _ acrescentou o Papa _ é "seu modo original de ler o plano de Deus, justamente na confluência da revelação com a experiência humana". "De fato, com Cristo plenitude da revelação do amor do Pai, se manifesta também a verdade plena da vocação ao amor do homem, que pode reencontrar-se completamente somente no dom sincero de si."

"Deus serviu-se do caminho do amor para revelar o mistério de Sua vida trinitária. A estreita relação que existe entre a imagem de Deus e o amor humano nos permite entender que a imagem do Deus monoteísta corresponde ao matrimônio monogâmico. O matrimônio baseado num amor exclusivo e definitivo se torna o ícone da relação de Deus com seu povo e vice-versa: o modo de amar de Deus se torna a medida do amor humano."

Portanto, o amor humano é "um caminho privilegiado que Deus escolheu para revelar-se ao homem, e é nesse amor que o chama a uma comunhão na vida trinitária". Trata-se de uma impostação _ afirmou Bento XVI _ que "nos permite também superar uma concepção privada do amor, hoje tanto difundida".

"O autêntico amor se transforma numa luz, que guia toda a vida rumo à sua plenitude, gerando uma sociedade habitável para o homem. A comunhão de vida e de amor que é o matrimônio, configura-se, desse modo, como um autêntico bem para a sociedade."

"Hoje é particularmente urgente, evitar a confusão com outros tipos de uniões baseadas num amor frágil. Somente a rocha do amor total e irrevogável entre homem e mulher é capaz de fundar a construção de uma sociedade que se torne uma casa para todos os homens" _ concluiu Bento XVI. (RL)







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