O V centenário de fundação da Guarda Suiça Pontificia: momento alto no proximo sábado
6 de Maio
Setenta antigos membros da Guarda Suíça Pontifícia chegam amanhã ao Vaticano, após
uma caminhada de 720 quilómetros, iniciada a 7 de Abril no cantão de Ticino. A iniciativa
surgiu no âmbito das comemorações dos 500 anos do corpo militar do Vaticano e reproduz
a histórica marcha dos primeiros Guardas Suíços que se colocaram ao serviço do Papa
Júlio II.
No próximo sábado, 6 de Maio, o Papa presidirá à cerimónia que assinala
o V Centenário da fundação do Corpo da Guarda Suíça. Nesse dia, os novos recrutas
da Guarda Suíça prestarão juramento, numa cerimónia solene que assinala o aniversário
do saque de Roma pelas tropas do imperador Carlos V, em 1527. O Papa Clemente VI salvou-se
da ofensiva ao refugiar-se no castelo de Sant'Angelo, mas 147 Guardas perderam a vida
ao defendê-lo.
As cerimónias destes 500 anos da Guarda Suíça iniciaram-se a
22 de Janeiro, numa praça de São Pedro tingida de vermelho, amarelo e azul, cores
do típico fato dos guardas, desenhado por Michelangelo. Nesse mesmo dia, em 1506,
o Papa Júlio II acolheu e abençoou o primeiro contingente de guardas suíços, que chegaram
a Roma para garantir a sua defesa e proteger o Palácio Apostólico.
A Guarda
Suíça Pontifícia é uma companhia de voluntários, recrutados em todas as partes da
Suíça, organizados militarmente, para a custódia da pessoa do Papa e da sua residência.
Outras tarefas são também a vigilância dos ingressos na Cidade do Vaticano, assim
como serviços de segurança e de honra durante as funções religiosas e diplomáticas
do Santo Padre. Uma representação da Guarda Suíça acompanha o Papa nas suas viagens
ao exterior.
Actualmente, a Guarda Suíça é constituída por cem soldados e um
capelão. São recrutados na Suíça, têm que ter entre 19 e 30 anos de idade e fé católica.
Também têm que ter, pelo menos, 1,74 metros de estatura, ser solteiros, ter cumprido
instrução básica com o exército suíço e ter uma “reputação intocável”.