2006-05-02 18:41:31

BISPOS BOLIVIANOS PEDEM AO PRESIDENTE EVO MORALES QUE NÃO CEDA À DEMAGOGIA


La Paz, 1º mai (RV) - Os bispos bolivianos começaram, no sábado passado, sua assembléia anual, com um forte chamado ao novo governo de Evo Morales, a evitar reavivar "as mesmas maneiras de atuar que, no passado, causaram morte e dor".

No texto _ que analisa a situação atual do país _ apresentado pelo Cardeal Julio Terrazas Sandoval, na abertura da 82ª Assembléia da Conferência Episcopal da Bolívia, os bispos criticam o governo pelo "imediatismo, o uso da força, as pressões, a falta de respeito pelos direitos dos outros, e por jogar com as possibilidades reais do país".

A análise assinala também que "as contradições entre os próprios responsáveis pelo governo" aumentam "a incerteza e a desorientação".

"È perigoso pensar que a Bolívia nova vá nascer, ignorando os princípios básicos do respeito às leis e convenções. É partindo da mudança e da renovação interior de cada um, que poderemos reverter essa situação de inércia, desesperança, escravidão e morte" _ afirmou o Cardeal, em referência à (controvertida) política do governo de rever os contratos com as empresas internacionais.

O Cardeal Terrazas Sandoval referiu-se também à convocação de uma Assembléia Constituinte, que será eleita no dia 2 de julho, a pedido de Evo Morales, para redigir a nova Constituição boliviana.

O Cardeal exortou os bolivianos a participarem em massa desse ato, mas lembrou que o mesmo não é uma força mágica, que acabará com os problemas que o país enfrenta, como a pobreza, Não é um produto de uso barato e rápido.

O Cardeal Terrazas Sandoval proferiu a primeira mensagem crítica dos bispos ao governo, quando Morales se encontrava em Havana, para a assinatura de um acordo comercial com seus colegas da Venezuela, Hugo Chávez, e de Cuba, Fidel Castro. (PL)







All the contents on this site are copyrighted ©.