Magistério da Igreja e o mundo dos media são conciliáveis
O secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, D. Angelo Amato, assegurou que
o magistério da Igreja e o mundo dos media podem ser conciliados, pedindo que a opinião
não prevaleça sobre “a busca da verdade”.
O homem que foi o mais próximo colaborador
do então Cardeal Joseph Ratzinger, nos últimos anos, falava num seminário sobre “Direcção
estratégica da comunicação na Igreja”, promovida pela Universidade Pontifícia da Santa
Cruz, em Roma.
“O magistério não está acima da Palavra de Deus, mas tem o dever
de escutá-la, guardá-la e expô-la com fidelidade”, lembrou. Por isso, a questão será
“como propor e como comunicar o magistério num tempo em que a existência é atravessada
por um relativismo generalizado, por uma cultura do niilismo e por biotecnologias
que fazem prevalecer a opinião em vez da busca da verdade”.
O desafio é agravado,
segundo este responsável, pela “pobreza cultural de boa parte dos cristãos”.
D.
Angelo Amato afirmou que, em muitos meios de comunicação social, há problemas em entender
o “conteúdo dos documentos magisteriais”, mas pediu que a imprensa católica não siga
a “agenda laica” nem tenha tendências “auto-destrutivas”.
“A comunicação eclesial,
para não ser falseada pelas agências e os jornais, deve ser autorizada, imediata,
correcta, convincente e positiva”, apontou.
No decorrer da sua intervenção,
o secretário da Congregação para a Doutrina da Fé falou ainda dos “erros” do best-seller
“O Código Da Vinci”, de Dan Brown.