2006-04-29 13:01:50

A paz na familia é fundamental para Angola


O Bispo da Diocese do Luena, manifesta-se apreensivo com a Paz no seio da famílias, devido aos vários problemas e dificuldades que enfrentam actualmente.
Dom Gabriel Mbilingue eleva bem alto a "bandeira" da Paz entre todos os irmãos para que se possa construir uma sociedade sã e capaz de cumprir com as suas obrigações, fazendo também valer os seus direitos.
O Bispo que é também o presidente da Comissão Episcopal da Família, abordou o assunto quando interveio nesta sexta-feira, em Luanda, na sessão de abertura da Assembleia anual daquela comissão da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST).
PAZ ENTRE IRMÃOS
Para o prelado «Se não se consegue fazer paz no seio das famílias, eu sinceramente estou céptico em acreditar que se vai fazer paz fora. Se não se consegue fazer paz entre irmãos do mesmo sangue numa família, não creio que vão conseguir fazer paz com os irmãos na sociedade.
Dom Gabriel salientou por outro lado que a família deve ser protegida sob todos os aspectos e dimensões, porque «se queremos efectivamente que a nossa sociedade progrida e se queremos que os projectos e programas que temos a nível do próprio estado resultem em algo de prático, creio que seria necessário investir mais e de forma um bocado mais sistemática, para proteger esta grande e primeira comunidade que é a família»
INVESTIMENTO NA FAMÍLIA
Investir-se economicamente nas famílias e na sua protecção «isso talvez diminuiria muitos dos problemas que as próprias estruturas, mesmo sociais, tendem enfrentar em muitos casos. Ressaltou o problema da delinquência crescente, que na sua opinião se deve a dificuldades sociais. «O problema da delinquência que sobe, essas pessoas vivem no seio da família e talvez famílias que vivem em grandes dificuldades económicas, que não conseguem organizar-se, talvez gente que não tem emprego que garanta o pão de cada dia».
DELINQUÊNCIA
Para O Bispo do Luena «delinquentes sempre os teremos, mas se a família poder conhecer as pessoas e saber que actividade fazem e saber que este fulano vive ali ou acolá e é conhecido no bairro, sempre se combate melhor do que no anonimato e até da fuga.
Dom Mbilingue manifestou também muita preocupação com este cenário criado pelas dificuldades sociais que de uma ou doutra maneira só prejudicam a família. «Há muitos problemas conexos que preocupam a nossa sociedade e que me devem preocupar, porque uma das principais vítimas normalmente são as famílias e dentro das famílias os jovens».
As Comissões episcopais da Família e do apostolado dos leigos reúnem-se em Assembleia conjunta até ao próximo dia 30. As duas comissões avaliam juntas o andamento da vida familiar dos angolanos.
O compromisso sócio-político e eclesial dos leigos nesta era de paz e de reconstrução do país e das famílias, foi um dos temas propostos, para o encontro que trouxe a Luanda representantes de todas as dioceses do país.








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