2006-04-28 19:30:17

"POVOS E MISSÃO": É POSSÍVEL ANUNCIAR CRISTO AOS MUÇULMANOS


Roma, 22 abr (RV) - O Diretor da revista católica "Povos e Missão", Mons. Giuseppe Andreozzi, escreveu um artigo no qual faz alguns questionamentos sobre como anunciar Cristo aos muçulmanos, baseado no diálogo e no respeito pelas diferenças.

No artigo, ele enumera vários níveis de dificuldades para esse anúncio. Um deles é o significado de abandonar o Islã, que "para os convertidos representa não somente deixar a religião, mas também abandonar todo o próprio mundo vital".

O religioso, em uma análise a partir de uma perspectiva missionária das relações islâmico-cristãs, destaca as dificuldades e as reservas, mas também os caminhos a serem percorridos. Ele declara que "quem tentou afrontar as relações entre as duas crenças, no horizonte missionário, sempre concluiu que a questão, mais do que árdua, parece impossível. As duas religiões têm seu próprio livro sagrado _ o Alcorão e o Evangelho _ mas tudo diverge entre uma e outra" _ acrescentou.

Segundo Mons. Andreozzi, a categoria que melhor faz entender o caráter da integralidade do Islã é a xariá (a lei islâmica), que, para além da sua variedade de conteúdos, impõe uma árdua interrogação para os missionários que operam nos países islâmicos: "É possível, num clima de diálogo fazer missão voltada ao Islã como tal, publicamente?" Mesmo se a religião muçulmana "parte de um juízo preciso sobre a nossa fé e sobre nós", acrescenta o religioso no artigo, "isso implica precisas limitações e pesados condicionamentos". Todavia, "o diálogo resta a via obrigatória e se deve abrir a uma multiplicidade de valores cpmpartilhadps, a serem individualizados entre cristãos e muçulmanos.

Por fim, ele escreve no artigo que "encontro e integração podem acontecer somente se se conhecerem e se forem reconhecidas nitidamente as características das identidades envolvidas e das suas compatibilidades". "O conhecimento do outro, respeitado na sua autenticidade_acrescentou_ ajuda a amadurecer a consciência da própria identidade que não deve ser descuidada." (JK)







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