Atentado no Egipto causa 22 mortos e 87 feridos. Dor e tristeza pelo atentado, num
telegrama de pêsames do Conselho Pontificio para a pastoral dos migrantes e itinerante
ao Nuncio Apostolico no Egipto
Três bombas accionadas à distância provocaram, ontem, 30 mortos e mais de cem feridos,
pelo menos, em Dahab, estância turística do Egipto, localizada perto do Mar Vermelho
e, nesta altura do ano, em que se assinalam as Festas da Primavera, particularmente
frequentada por estrangeiros.
No Cairo, fontes oficiais garantem já para o
cenário de um atentado terrorista, da responsabilidade de um dos muitos grupos islamitas
da região, destinado a debilitar o sector turístico, uma das principais fontes de
rendimento do país. Referências principalmente à Al-Qaeda surgiram de imediato, tanto
mais que Dahab fica muito perto de Sharm el-Sheikh, a localidade onde o Presidente
egípcio, Hosni Mubarak, deveria receber, provavelmente até ao fim desta semana, o
primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, e o Presidente palestiniano, Mahmud Abbas.
Para
já, Telavive decidiu elevar o seu nível de alerta, fechando a fronteira em Taba, cidade
localizada na fronteira entre Israel e o Egipto, onde um atentado, em Outubro de 2004,
fez 34 mortos. E, do seu lado, o mesmo fez o Cairo, para impedir "a fuga de eventuais
suspeitos".
De condenação foram as palavras pronunciadas pela Autoridade Palestiniana,
com Mahmud Abbas e o Governo, liderado pelo Hamas - movimento extremista ao qual Ussama
ben Laden oferecera a sua solidariedade numa cassete divulgada no domingo - a denunciarem,
em uníssono, este "acto criminoso". -Mensagem de pêsames do Conselho Pontifício
para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes ao Núncio Apostólico no Egipto, o arcebispo
Michael Fitzgerald, após o atentado de Dahab. “Com profunda dor e tristeza - escreve
o secretário daquele Conselho Pontifício – soubemos a noticia do trágico atentado
terrorista na cidade de Dahab que causou a perda de tantas vidas humanas e o ferimento
grave de muitos inocentes, entre os quais numerosos turistas. Com fé dirigimos
ao Omnipotente e Misericordioso Senhor as nossas orações comuns, prossegue a mensagem
– para que conceda o repouso eterno ás vitimas e dê força e coragem àqueles que foram
atingidos pelo luto e pelo sofrimento. O Secretário do Conselho Pontifico para
a pastoral dos migrantes e itinerantes, na sua mensagem exprime também viva solidariedade
a todos aqueles que terão de confrontar-se com as consequências deste novo golpe á
industria turística egípcia, locomotiva da economia do país, em beneficio da população.