O mistério do Amor Misericordioso no centro do pontificado de João Paulo II, salientado
por Bento XVI antes da recitação da antifona mariana do tempo pascal Regina Coeli.
O Papa formulou os bons votos de Páscoa aos irmãos ortodoxos que a celebram hoje,
e pediu ajudas para as populações da Servia, Roménia e Bulgária que sofrem por causa
das inundações dos dias passados.
Uma recordação especial de João Paulo II foi oferecida neste Domingo por Bento XVI
que encontrando os fiéis na Praça de São Pedro para a recitação da antífona mariana
do tempo pascal Regina Coeli, salientou como a festa de hoje da Divina Misericórdia
foi instituída pelo seu predecessor, e sobretudo como este morreu precisamente na
véspera desta festa. As chagas de Cristo, explicou o Papa, são fonte inesgotável
de fé, de esperança e de amor do qual cada um pode beber, especialmente as almas mais
sedentas da divina misericórdia. Em consideração deste facto o servo de Deus João
Paulo II- recordou Bento XVI- quis que o Domingo depois da Páscoa fosse dedicado de
maneira especial á Divina Misericórdia; e a Providencia dispôs que ele morresse precisamente
na véspera deste dia. O mistério do amor misericordioso de Deus esteve no centro do
pontificado deste meu venerando predecessor. E aqui o Papa citou a dedicação do santuário
da Divina Misericórdia em Cracóvia em 2002 e a encíclica Dives in misericórdia de
1980. As palavras que o predecessor proferiu para a dedicação do santuário, segundo
Bento XVI foram uma síntese do seu magistério, evidenciando que o culto da misericórdia
divina não é uma devoção secundária, mas a dimensão integral da fé e da oração do
cristão. Antes de concluir o Papa fez votos de que todos os cristãos vivam em plenitude
o Domingo como Páscoa da semana, saboreando a beleza do encontro com o Senhor Ressuscitado
, bebendo na fonte do seu amor misericordioso, para serem apóstolos da sua paz.
Bento XVI dirigiu o seu pensamento cordial aos irmãos das Igrejas do Oriente que hoje
celebram a Páscoa. “O Senhor Ressuscitado leve a todos os dons da luz e da sua paz. N
clima feliz deste dia – prosseguiu o Papa – não posso deixar de recordar que muitas
destas populações, na Servia, Roménia e Bulgária sofrem por causa das inundações dos
dias passados. Estou próximo delas com a oração e, de coração faço votos que graças
ao contributo de todos possam superar rapidamente estes momentos difíceis. Esta
a saudação que Bento XVI proferiu em língua portuguesa. Saúdo com afecto os
peregrinos lusófonos presentes, sobretudo o grupo de portugueses guiado pelos Missionários
da Consolata. A todos renovo as minhas felicitações pascais, confiando vossa vida
e família à protecção da Virgem Maria, Mãe de Misericórdia e Rainha da Paz.