Caracas, 20 abr (RV) - O Cardeal-arcebispo de Caracas, Jorge Liberato Urosa
Savino, afirmou hoje, na Assembléia nacional venezuelana, leis que levem em conta
os interesses de todos os setores sociais. O Cardeal Urosa Savino foi convidado pelo
Parlamento venezuelano, a expressar o ponto de vista da Igreja Católica sobre a realidade
da Venezuela e sobre o que se espera do trabalho dos deputados.
No seu pronunciamento
aos parlamentares, definido com humor por ele como uma "homilia legislativa", o Cardeal
fez um apelo em favor da concórdia e da reconciliação entre os venezuelanos. E defendeu
a manutenção do ensino religioso na educação pública e privada, pedindo leis que promovam
o bem comum e os direitos humanos, para construir uma "Venezuela fraterna".
O
Cardeal-arcebispo de Caracas referiu-se também à situação dos direitos humanos e à
liberdade de informação e à vida, condenando práticas como o aborto e a eutanásia.
Ele pediu aos deputados que lutassem contra a corrupção e que legislassem para proteger
a segurança pessoal e patrimonial dos venezuelanos.
O Cardeal reiterou seu
pedido de reforma do Código Penal, para sancionar de forma mais dura, os delitos graves,
sem restringir a liberdade política. Ele recordou o princípio de que "não pode haver
liberdade sem justiça e nem justiça sem liberdade" e pediu aos deputados que não esqueçam
que o Estado "está em débito com os cidadãos no campo da segurança social".
Esse
foi o primeiro pronunciamento do Cardeal Urosa Savino perante o Parlamento venezuelano,
desde que foi criado cardeal, em 24 de março passado.
O Presidente da Assembléia,
Nicolas Maduro, assegurou que as portas do Parlamento estão abertas para que a Igreja
exponha, quando quiser, seus pontos de vista e suas iniciativas sobre qualquer assunto
(JK)