2006-04-20 17:26:59

PÁSCOA COM REPRESSÃO NA CHINA


Pequim, 20 abr (RV) - Em Hebei _ a província chinesa com maior número de católicos _ os fiéis foram impedidos de assistir às missas, e forçados a percorrer centenas de quilômetros para participar de serviços religiosos, em províncias menos controladas. Vários bispos e sacerdotes continuam desaparecidos ou detidos.

Assim como nos anos anteriores, a Igreja Católica "clandestina" na China celebrou a Páscoa novamente num clima de perseguição. A repressão continua, no âmbito de uma campanha desfechada pela Associação Patriótica (a Igreja Católica oficialmente reconhecida pelo Partido Comunista e por Pequim), segundo informações da agência de notícias AsiaNews, reportando fontes locais.

Na Diocese de Baoding foram adiadas as celebrações pascais, pela ausência de sacerdotes. Os católicos da Diocese leram o Missal ou o Evangelho em suas próprias casas, protegidos do olhar vigilante da polícia.

O Bispo de Baoding, Dom James Su Zhimin, de 72 anos, foi detido em setembro de 1997, e não há informações sobre seu paradeiro ou sobre o seu estado de saúde. Em março de 1996, fora detido também seu Bispo Auxiliar, Dom Francis Na Shuxin, cujo paradeiro também é desconhecido.

"Até ao momento, ninguém sabe onde estão os dois bispos, e vários padres da mesma Diocese estão também detidos" _ revelaram as mesmas fontes.

Dos cerca de cinco milhões de católicos de Hebei, a maioria pertence à Igreja Católica "clandestina", fiel às orientações da Santa Sé e do Papa, mas não reconhecida por Pequim.

Em 2005, as autoridades chinesas detiveram três bispos católicos, dez padres, sete diáconos e dezenas de seminaristas, a maioria dos quais ainda não foi libertada. (CM)







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