Pequim, 20 abr (RV) - Em Hebei _ a província chinesa com maior número de católicos
_ os fiéis foram impedidos de assistir às missas, e forçados a percorrer centenas
de quilômetros para participar de serviços religiosos, em províncias menos controladas.
Vários bispos e sacerdotes continuam desaparecidos ou detidos.
Assim como nos
anos anteriores, a Igreja Católica "clandestina" na China celebrou a Páscoa novamente
num clima de perseguição. A repressão continua, no âmbito de uma campanha desfechada
pela Associação Patriótica (a Igreja Católica oficialmente reconhecida pelo Partido
Comunista e por Pequim), segundo informações da agência de notícias AsiaNews, reportando
fontes locais.
Na Diocese de Baoding foram adiadas as celebrações pascais,
pela ausência de sacerdotes. Os católicos da Diocese leram o Missal ou o Evangelho
em suas próprias casas, protegidos do olhar vigilante da polícia.
O Bispo de
Baoding, Dom James Su Zhimin, de 72 anos, foi detido em setembro de 1997, e não há
informações sobre seu paradeiro ou sobre o seu estado de saúde. Em março de 1996,
fora detido também seu Bispo Auxiliar, Dom Francis Na Shuxin, cujo paradeiro também
é desconhecido.
"Até ao momento, ninguém sabe onde estão os dois bispos, e
vários padres da mesma Diocese estão também detidos" _ revelaram as mesmas fontes.
Dos
cerca de cinco milhões de católicos de Hebei, a maioria pertence à Igreja Católica
"clandestina", fiel às orientações da Santa Sé e do Papa, mas não reconhecida por
Pequim.
Em 2005, as autoridades chinesas detiveram três bispos católicos, dez
padres, sete diáconos e dezenas de seminaristas, a maioria dos quais ainda não foi
libertada. (CM)