O Bispo do Porto manifestou hoje a sua preocupação perante o quadro de crise de vocações
que se vive na Igreja, desafiando os católicos mais comprometidos a promoverem uma
“cultura do chamamento” para fazer face à cultura dominante.
“A cultura actual,
secularizada, religiosamente neutra e indiferentista, agnóstica ou ateísta, individualista
e economicista, não favorece, contraria ou anula muitos dos sinais de esperança que
despertam na juventude, nomeadamente quanto à vocação para o presbiterado, a consagração
religiosa e o matrimónio religioso”, lamentou.
D. Armindo Lopes Coelho centrou
a homilia da Missa Crismal, celebrada esta manhã na Catedral do Porto, sobre “o problema
da vocação para o ministério sacerdotal ordenado”. Perante o presbitério da Diocese,
o Bispo do Porto precisou que “há que reflectir e convidar os jovens a reflectir sobre
o que são como pessoas e sobre a respectiva realidade mais profunda, que é a vocação
como base e sentido das preocupações de cada um”.
A Diocese do Porto declarou
2006 como o ano da pastoral vocacional sacerdotal, e, segundo o seu Bispo, a proposta
“encontrou eco e aceitação colaborante”. O prelado referiu, contudo, que “importa
insistir e continuar a convergir num esforço de organização e maior empenhamento nesta
dimensão mais restrita da pastoral vocacional”.
“A comunidade diocesana é,
felizmente, muito sensível às situações e contingências da presença ou ausência de
pároco”, disse ainda.
D. Armindo Lopes Coelho referiu-se aos “grupos numerosos
de Acólitos” como uma aposta segura para “lembrar, sugerir, indicar, descobrir a vocação
de consagração ou a vocação sacerdotal nestes jovens”.