2006-04-07 15:44:41

No mundo faltam 4 milhões de professionais de saúde qualificados




Cerca de 1,3 mil milhões de pessoas não têm acesso aos cuidados de saúde elementares e faltam, a nível mundial, mais de quatro milhões de profissionais qualificados, alertou a Organização Mundial da Saúde, num comunicado divulgado ontem.

Em comunicado divulgado ontem, data em que se assinala o Dia Mundial da Saúde, a organização internacional salienta que faltam, a nível mundial, mais de quatro milhões de médicos, enfermeiros, parteiras, administradores e agentes de saúde pública, uma carência sentida sobretudo em 57 países, a maioria africanos.

O Dia Mundial da Saúde 2006 é dedicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aos profissionais de saúde. No seu relatório anual sobre a saúde no mundo, divulgado com o título «Trabalhar em conjunto para a saúde», a OMS alerta para a deficiente intervenção que a falta de pessoal qualificado provoca em áreas como a vacinação das crianças, os cuidados pré-natais e obstétricos e no tratamento de doenças como a sida e a tuberculose.

A falta de profissionais qualificados sente-se sobretudo em 36 países africanos. Na África sub-sahariana existem apenas três por cento dos profissionais de saúde contabilizados a nível mundial, para servir os 11 por cento da população0 mundial que ali se concentram e responder a uma taxa de morbilidade (relação entre os casos de doença e o número de habitantes) de 24 por cento.

“Há medida que a população mundial aumenta, o número de profissionais de saúde permanece estacionário ou diminui onde é mais preciso”, afirmou Lee Jong-wook, director-geral da OMS. “Nos países em desenvolvimento, os profissionais de saúde são confrontados com dificuldades económicas, com a deterioração das infra-estruturas sanitárias e problemas sociais. Em muitos países estes agentes são igualmente vítimas da epidemia da sida”, sublinhou o responsável.

O relatório da OMS apresenta um plano de acção de dez anos para solucionar esta crise e apela aos responsáveis nacionais que elaborem e apliquem sem mais demoras estratégias de desenvolvimento dos recursos humanos para a saúde, com a colaboração de doadores internacionais.








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