2006-04-06 15:05:50

Emigração pode ter efeitos positivos para a economia das nações : salientou o Arcebispo Celestino Migliore


A emigração pode ter sobre a economia das nações, um efeito geralmente positivo, até produzir emprego e determinar lucros fiscais, em particular para as gerações futuras. Afirmou o arcebispo Celestino Migliore observador permanente da Santa Sé junto da ONU falando perante a 39ª sessão da comissão sobre a população e o desenvolvimento. Para as nações de chegada, o impacto económico das migrações internacionais é geralmente positivo- salientou o arcebispo Migliore, acrescentando que embora a presença de emigrantes possa ter algumas consequências negativas sobre o rédito dos cidadãos residentes ou possa fazer aumentar o desemprego quando os salários são rígidos, tais consequências geralmente são pouco influentes a nível nacional.
A médio e longo porazo- acrescentou o representante da Santa Sé- a migração pode até dar origem a emprego e ganhos fiscais nítidos. Os estudos sobre o envelhecimento da população indicam que os migrantes podem contribuir substancialmente para aliviar o peso fiscal sobre as gerações futuras.
Para as nações de origem, pelo contrário a emigração de pessoal especializado pode ser nociva para as perspectivas de desenvolvimento. Contudo os migrantes que mantêm laços com os seus países podem favorecer a transferência de tecnologias e capitais.
Perante os problemas criados por políticas de população aplicadas nos anos passados no cenário mundial, a Santa Sé pediu à comunidade que as substitua por propostas que se concentrem no respeito da dignidade da pessoa humana.

O arcebispo Celestino Migliore, ao dirigir-se à sessão da Comissão para População e Desenvolvimento do Conselho Económico e Social da ONU, que discutia questões de população e migração, recordou que «em anos passados, sombrias predições sobre o futuro e sobre o desenvolvimento sustentável da prevista população mundial levaram a políticas demográficas radicais que foram responsáveis de dilemas diferentes ainda que igualmente graves», constatou.

Em particular mencionou «os sérios problemas provocados pela queda dos índices de natalidade e a criação de desajustes no balanço entre homens e mulheres na população, com suas consequências sociais».

«Se o desenvolvimento das populações do mundo deve ser sustentável e são, estas políticas equivocadas devem ser substituídas por outras que estejam realmente centradas nas pessoas», propôs o representante da Santa Sé.








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