Cairo, 05 abr (RV) - Aprovado pelo Parlamento egípcio, projeto de lei que prevê
o cárcere para quem insulta a religião.
Até cinco anos de reclusão e multa
de até 20 mil dólares para todo aquele que ofender verbalmente, com desenhos ou em
qualquer outra forma, uma das três religiões monoteístas reconhecidas no país: Islamismo,
Cristianismo e Judaísmo.
É mais uma resposta à onda de protestos de indignação
em vários países árabes, pela publicação, num jornal dinamarquês e em outros diários
europeus, de charges satíricas sobre o profeta Maomé.
Segundo a agência oficial
de notícias egípcia _ MENA _ a comissão parlamentar de propostas e queixas aceitou
quatro emendas para a adição de uma emenda ao Código Penal egípcio, que prevê a condenação
para quem insultar, danificar ou criticar de maneira verbal, com desenhos ou de outra
forma, um profeta de uma das três religiões monoteístas. A proposta de lei foi
apresentada por um deputado copta e três dirigentes do proscrito, mas influente, partido
"Irmãos Muçulmanos", principal grupo opositor no Parlamento e que ocupa suas cadeiras
com candidatos independentes, para driblar sua proscrição. Os quatro deputados
pediram também a assinatura de um acordo entre os países muçulmanos, para entregar
à Justiça de seus países de origem, os cidadãos que transgredirem esta nova lei.