BISPOS E SACERDOTES, DEFENSORES DAS VERDADES DE FÉ E TESTEMUNHAS DA CARIDADE
Cidade do Vaticano, 05 abr (RV) - A comunhão que existe na Igreja, dom de amor
e de verdade suscitado pelo Espírito Santo, não pode ser vivida com quem rejeita e
não aceita viver na própria Igreja. Essa é uma das passagens-chave da catequese de
Bento XVI, na Audiência Geral de hoje, realizada na Praça São Pedro, na presença de
cerca de 30 mil fiéis e peregrinos.
O Papa deu grande ressalto ao papel dos
bispos e do clero na defesa da fé, e expressou palavras de satisfação pelos "horizontes
de paz" que se abriram para a Espanha e o País Basco.
A Igreja é toda do Espírito
Santo e o "depósito da fé" é confiado aos bispos e aos sacerdotes, que têm o dever
de custodiá-lo "na verdade e na caridade", apesar das fraquezas que podem existir
também na própria Igreja.
Inspirando-se nos Atos dos Apóstolos, que apresentam
a primeira comunidade cristã reunida e reforçada pela oração, pela Eucaristia e pela
caridade fraterna, Bento XVI disse que esses são "valores" que, "infelizmente", não
isentam nem mesmo aquele primeiro núcleo de fiéis das "lacerações" internas, sobretudo
sobre as "verdades da fé".
"A Igreja do amor _ afirmou Bento XVI _ é também
a Igreja da verdade, entendida, sobretudo, como fidelidade ao Evangelho, confiado
pelo Senhor Jesus aos seus. Mas a família dos filhos de Deus para viver na unidade
e na paz _ observou ainda o Papa _ precisa de quem a custodie na verdade e a conduza
com discernimento sapiente e autorizado. É isso o que faz o ministério dos apóstolos."
"A
missão dos bispos, dos sucessores dos apóstolos, é, nesse sentido, sobretudo, um serviço
de amor. E a caridade que eles devem viver e promover é inseparável da verdade que
custodiam (...) E tudo isso, que vemos na Igreja nascente, nos faz rezar pelos sucessores
dos apóstolos, por todos os bispos e pelos sucessores de Pedro, a fim de que sejam
realmente juntos, custódios da verdade e da caridade, que sejam nesse sentido realmente
apóstolos de Cristo e que a sua luz jamais se apague na Igreja e no mundo."
Ao
término de sua catequese, o Papa saudou os diversos grupos de fiéis e peregrinos presentes,
falando-lhes em suas respectivas línguas. (RL)