2006-04-05 13:07:55

"A Igreja do amor é também a Igreja da verdade, entendida antes de mais como fidelidade ao Evangelho": Bento XVI, na audiência geral.


“A verdade e o amor são dois rostos do mesmo dom que vem de Deus". “Quem crê a Igreja do amor e nela quer viver tem um preciso dever de interromper a comunhão com quem se afastou da verdade que salva”. – Afirmações de Bento XVI, na audiência geral desta quarta-feira, 4 de Abril. Nas saudações em espanhol, o Papa referiu-se à celebração dos 500 anos do nascimento de S. Francisco Xavier, convidando a “rezar para que, por sua intercessão, se intensifiquem os esforços para consolidar os horizontes de paz que parecem abrir-se no País Basco e em toda a Espanha”.
Na sua catequese (desenvolvida em italiana e resumida depois em diversas outras línguas), Bento XVI fez notar que “na comunidade dos discípulos, existe desde as origens a comunhão no amor, mas também a divisão. E quando é grande o risco de perder a fé, é um dever romper a comunhão com quem se afastou da doutrina da salvação. A Igreja do amor é também a Igreja da verdade, entendida antes de mais como fidelidade ao Evangelho que lhe foi confiado pelo Senhor Jesus. Para viver na unidade e na paz, a família dos filhos de Deus deve ser guardada na verdade e guiada com um sapiente discernimento. É o ministério dos Apóstolos. Os Apóstolos e os seus sucessores são portanto guardiães e testemunhas autorizadas do depósito da verdade confiada à Igreja e os ministros da caridade. O seu serviço é antes de mais um serviço de amor. A caridade que vivem e que favorecem é inseparável da verdade que guardam e transmitem. Verdade e amor são dois rostos do mesmo dom de Deus que, graças ao ministério apostólico, é guardado na Igreja. É através deste serviço que o amor de Deus Trindade chega até nós e nos comunica a verdade que nos torna livres”.

Foi nas palavras pronunciadas em espanhol que Bento XVI mencionou a celebração, no próximo dia 7, dos 500 anos do nascimento de S. Francisco Xavier, “o grande missionário jesuíta que pregou o Evangelho por terras da Ásia, abrindo muitas portas a Cristo”.
“Contemplando a figura de S. Francisco Xavier, sentimo-nos chamados a rezar pelos que dedicam a sua vida à missão evangelizadora, proclamando a beleza da mensagem salvadora de Jesus”.
Não faltou, nas palavras do Papa, uma discreta alusão às esperanças de paz que se vivem neste momento no País Basco e na Espanha. Bento XVI encoraja os esforços em curso, convida a rezar por essa intenção, invocando a intercessão de S. Francisco Xavier, e exorta a que se superem os obstáculos que subsistem nesse caminho de paz nacional:
“Convido-vos a rezar para que, por intermédio deste Santo, todos intensifiquem os seus esforços para consolidar os horizontes de paz que parecem abrir-se no País Basco e em toda a Espanha, superando os obstáculos que se possam deparar ao longo deste caminho”.
A audiência concluiu-se com uma oração especial, improvisada pelo Papa, “pelos sucessores dos Apóstolos, por todos os Bispos e pelo sucessor de Pedro, para que sejam verdadeiramente apóstolos de Cristo, para que a sua luz de verdade e de caridade nunca se apague na Igreja e no mundo”.

O Papa deixou ainda um agradecimento especial pelo pontificado de João Paulo II, ao saudar os peregrinos polacos. “Convosco, quero agradecer a Deus pelo pontificado do meu grande predecessor, João Paulo II. A sua presença espiritual e o património do seu magistério nos fortifiquem na fé e nos ajudem a caminhar rumo ao encontro com Cristo”, apontou.







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