2006-04-04 11:20:23

"João Paulo II continua a comunicar-nos o seu amor a Deus e o seu amor ao homem": Bento XVI, domingo à noite, no momento comemorativo do aniversário da morte do Papa Wojtyla.


A um ano do seu falecimento, o “amado Papa João Paulo II” “continua a comunicar-nos o seu amor a Deus e o seu amor ao homem”: assegurou Bento XVI, intervindo, domingo à noite, num “momento de reflexão e oração” promovido na Praça de São Pedro pela diocese de Roma, em vídeo-ligação directa com Cracóvia, onde tinha lugar idêntico encontro, animado pelo cardeal Stanislao Dziwisz, ao longo de quarenta anos secretário de Karol Wojtyla.
“A memória (de João Paulo II) - observou o seu sucessor - continua mais do que nunca via, como testemunham tantas manifestações programadas nestes dias, em todas as partes do mundo. Ele continua a estar presente na nossa mente e no nosso coração. Ele continua a comunicar-nos o seu amor a Deus e o seu amor ao homem; continua a suscitar em todos, especialmente nos jovens, o entusiasmo do bem e a coragem de seguir Jesus e os seus ensinamentos”.
Desejando de algum modo “resumir a vida e o testemunho deste grande Pontífice”, o Papa Ratzinger recorreu a duas palavras: “Fidelidade e dedicação, fidelidade total a Deus e dedicação sem reservas à sua missão de Pastor da Igreja universal”.
“Fidelidade e dedicação que – sublinhou o Papa actual – apareceram ainda mais convincentes e comoventes nos últimos meses, quando incarnou em si o que ele tinha escrito em 1984 na Carta Apostólica Salvifici doloris: O sofrimento está presente no mundo para irradiar amor, para fazer nascer obras de amor ao próximo, para transformar toda a civilização humana na civilização do amor”.
“A sua doença enfrentada com coragem levou todos a estarem mais atentos ao sofrimento humano, a todo o tipo de sofrimento físico e espiritual; deu ao sofrimento dignidade e valor, testemunhando que o homem não vale pela sua eficiência, pela sua aparência, mas por si mesmo, porque criado e amado por Deus.
Com as palavras e os gestos, o caro João Paulo II não se cansou de indicar ao mundo que se o homem se deixa abraçar por Cristo, não mortifica a riqueza da sua humanidade; se a Ele adere com todo o coração, nada lhe vem a faltar. Pelo contrário, o encontro com Cristo, torna a nossa vida mais apaixonante. Precisamente porque se aproximou cada vez mais de Deus na oração, na contemplação, no amor à Verdade e à Beleza, o nosso amado Papa pôde tornar-se companheiro de viagem de cada um de nós e falar com autoridade mesmo a quantos estão longe da fé cristã”.
Concluindo esta evocação do seu predecessor, domingo à noite, Bento XVI convidou as dezenas de milhares de pessoas presentes na Praça de São Pedro e os muitos mais rádio-ouvintes e telespectadores em ligação directa a acolherem a herança espiritual de João Paulo II. Entre outras coisas: procurar incansavelmente a Verdade sem a qual o nosso coração não encontrará repouso; não ter medo de seguir a Cristo, para levar a todos o anúncio do Evangelho, que é fermento de uma humanidade mais fraterna e solidária.”








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