CARDEAL-ARCEBISPO DE CARACAS PEDE FIM DOS SEQUESTROS NO PAÍS
Caracas, 03 abr (RV) - "Pedimos a Deus para que se acabem os seqüestros na
Venezuela. Não ao seqüestro, não à delinqüência e não ao crime!" Foi o que disse o
novo cardeal venezuelano, Jorge Liberato Urosa Savino, Arcebispo de Caracas, ontem,
em sua homilia dominical.
O Cardeal Jorge Liberato Urosa Savino, criado no
recente consistório, foi recebido, ao regressar à Venezuela, na semana passada, pelo
Presidente do país, Hugo Chávez. O purpurado pediu "solidariedade e respeito aos direitos
humanos dos cidadãos, para que nos consideremos e nos tratemos como irmãos, apesar
das diferenças que possam existir".
As palavras do Cardeal Urosa Savino foram
proferidas cinco dias após o assassinato do empresário italiano, Filippo Sindoni,
de 74 anos, proprietário de uma emissora televisiva e de um jornal no departamento
de Arágua. Ele fora seqüestrado na terça-feira passada, e assassinado.
Três
jovens, filhos de um empresário libanês, continuam nas mãos de seus seqüestradores.
A
agência missionária de notícias _ MISNA _ afirma que, na Venezuela, existem muitas
acusações de conivência entre a polícia e os seqüestradores. Suspeita-se que essa
ligação tenha permeado esses dois casos: o do empresário assassinado e dos filhos
do empresário libanês.
Fala-se, no país, de uma "poderosa e perigosa indústria
nacional do seqüestro", responsável, nos últimos meses, por dezenas de seqüestros,
com o objetivo de extorquir dinheiro, sobretudo, de ricos empresários. (ED)