Património cultural e valores académicos das Universidades Europeias
O Vaticano promove um seminário de estudos sobre o Processo de Bolonha, em colaboração
com a UNESCO-CEPES, com o objectivo de analisar o património cultura e os valores
académicos da Universidade.
O Cardeal Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação
para a Educação Católica, explicou em conferência de imprensa que a legislação canónica
distingue Universidades e Faculdades eclesiásticas de Universidades e Faculdades católicas.
Assim, as que são chamadas eclesiásticas “têm um papel particular e uma regulamentação
própria”.
O subsecretário do mesmo Dicastério, Mons. Angelo Vincenzo Zani,
lembrou que a Santa Sé aderiu ao Processo de Bolonha por ocasião da cimeira ministerial
que teve lugar em Berlim, no ano de 2003. “Desde então, a Congregação para a Educação
Católica segue as diversas etapas do caminho iniciado nos outros país, com a ajuda
de uma Comissão criada propositadamente, a qual acompanha as Faculdades eclesiásticas
presentes na Europa”.
O Arcebispo Michael J. Miller, secretário desta Congregação,
explicou aos jornalistas presentes o programa do seminário, intitulado “O património
cultural e os valores académicos das Universidades europeias. A atracção do espaço
europeu do Ensino Superior”. Esta iniciativa concluir-se-á no sábado, com uma audiência
concedida por Bento XVI.
Em Portugal, o Conselho Superior da Universidade Católica
deliberou que, na UCP, as licenciaturas tenham, em geral, a duração de 180 unidades
de crédito (ECTS), correspondentes a 3 anos, e os mestrados a duração de 120 unidades
de crédito (ECTS), correspondentes a 2 anos.
As designações das licenciaturas
deverão ser reagrupadas eliminando-se referências de especialização.
O caso
da Faculdade de Teologia, contudo, é mais complexo, dado que também depende da Santa
Sé. A Licenciatura em Teologia funcionará, de acordo com as indicações da Congregação
para a Educação Católica, dentro dos critérios de Bolonha, mas utilizando o conceito
previsto de Ciclo de estudos integrado.