2006-03-30 11:16:23

A comunhão com Deus e com os irmãos, que tem a sua nascente na comunhão que Deus é, no centro da vida cristã: Bento XVI na audiência geral desta semana


Mais de quarenta mil peregrinos encheram nesta quarta-feira a Praça de São Pedro, para a audiência geral, em que Bento XVI tratou do mistério de comunhão que a comunidade eclesial vive e anuncia. Uma “comunhão” que, fortalecida pelo Pão eucarístico, se exprime nas relações fraternas, fazendo-nos participar do amor trinitário que une o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Amor, graça e comunhão que unem a Deus e aos irmãos.
Estas as palavras com que o Papa resumiu, em português, o conteúdo da sua catequese:
“Amados irmãos e irmãs,
No decorrer dos séculos a Igreja, organicamente estruturada pela condução dos seus legítimos pastores, segue vivendo no mundo como mistério de comunhão. Tal comunhão, fortalecida pelo Pão eucarístico, se exprime nas relações fraternas, fazendo-nos participar do amor que nos un e a Deus e aos nossos irmãos. Empenhemo-nos sempre mais a reforçá-la pelo amor de Cristo que nos uniu.”
Na catequese mais desenvolvida, em italiano, Bento XVI recordou a conhecida saudação paulina dirigida aos cristãos, que evoca a “suprema nascente trinitária” da comunhão eclesial: “A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vós”. Palavras que apresentam “a comunhão como dom específico do Espírito, análogo ao amor doado por Deus Pai e à graça oferecida pelo Senhor Jesus”. “Poder-se-ia afirmar que graça, amor e comunhão, referidos respectivamente a Cristo, ao Pai e ao Espírito, são aspectos diversos da única economia da salvação, que faz da Igreja (como dizia São Cipriano, no século III) um povo congregado pela unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo”.
“A ideia da comunhão como participação na vida trinitária é iluminada com particular intensidade no Evangelho de João, onde a comunhão de amor que liga o Filho ao Pai e aos homens é ao mesmo tempo o modelo e a nascente da comunhão fraterna, que deve unir os discípulos entre si... Esta vida de comunhão com Deus e entre nós é a finalidade própria do anúncio da boa nova, a finalidade da conversão ao cristianismo”.
De entre as saudações dirigidas, em diversas línguas, aos variados grupos de peregrinos presentes desta vez na Praça de São Pedro, não faltou uma pronunciada em língua portuguesa:
“Saúdo com particular afecto os peregrinos portugueses do Colégio Mira Rio, de Lisboa, e da Escola Roque Gameiro, da Amadora, bem como os brasileiros de diversas procedências. A todos convido a aproveitar esta passagem por Roma, para confirmar a própria fé ante o túmulo do Apóstolo Pedro. Que Deus vos abençoe!”








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