Cairo, 29 mar (RV) - No Egito, representantes de Igrejas cristãs e líderes
muçulmanos manifestaram-se em favor do direito à liberdade religiosa, no final de
um congresso promovido pela Universidade de Al-Azhar _ o maior centro da cultura sunita
no Cairo.
O documento final do congresso pede à ONU que reconheça o direito
de todos à fé e a seus símbolos, defenda a vida humana e apóie iniciativas de paz
inter-religiosas.
Divulgado pela agência missionária de notícias AsiaNews,
o manifesto reúne as reflexões feitas durante o congresso, que teve como tema "A relação
das religiões com os direitos fundamentais do homem e as ligações com as obrigações
de cada um".
O congresso foi presidido pelo grande imame de Al-Azhar, Mouhamad
Sayyed El Tantawi, e contou com a participação de 15 delegações de todas as confissões
religiosas do Oriente Médio.
Os participantes ressaltaram, unanimemente, sua
convicção de que a vida humana é um dom de Deus e, portanto, apóiam todas as iniciativas
para o direito a uma vida digna.
As delegações pediram aos governos da região
que promovessem uma cultura baseada no respeito à fé, e reivindicaram às Nações Unidas
que proteção e defesa, no que diz respeito aos direitos das minorias étnicas e religiosas.
O
documento conclusivo alude também à guerra no Iraque, proclamando o direito dos povos,
de "resistir contra qualquer ocupação militar ou ideológica". (CM)